O rei Carlos III fez um aviso série a Sarah Ferguson, duquesa de York, e ao príncipe André, seu irmão, depois de ter sido revelado que o casal não seria bem-vindo nas celebrações oficiais de Natal da família real britânica este ano.
Segundo o The Times on Sunday, fontes próximas do monarca britânico indicaram que os planos do soberano é em manter o irmão e antiga cunhada afastados.
A decisão foi tomada depois de ter sido revelado um e-mail que Sarah Ferguson enviou Jeffrey Epstein, de quem era amiga próxima, magnata que foi condenado por abusos sexuais e incentivo a redes de prostituição de menores.
O The Times realça ainda que Carlos III exigiu que Sarah e André, que se divorciaram em 1996, permaneçam "invisíveis" nos próximos eventos públicos.
Uma semana dura para Sarah Ferguson
Os últimos dias não têm sido fáceis para Sarah Ferguson.
Em causa, recorde-se, está um e-mail que a duquesa de York enviou a Jeffrey em abril de 2011, no qual lhe chamou de "amigo supremo", semanas após ter dito precisamente o contrário aos jornalistas.
"Como deves saber, nunca usei a palavra começada por P [pedófilo] para me referir a ti", escreveu a duquesa no e-mail. "E sou humilde para te pedir desculpa por isso. Sempre foste um amigo leal, generoso e supremo para mim e a minha família", completou.
Após a revelação do conteúdo do e-mail, a duquesa de York perdeu várias causas sociais que representava enquanto membro da família real.
Leia Também: Revelado polémico e-mail de Sarah Ferguson a Epstein. Duquesa mentiu?
O escândalo afetou igualmente a reputação do príncipe André. Em 2019, o duque foi notícia pela relação de grande proximidade que mantinha com o magnata. Isto levou a que fosse afastado do núcleo sénior da família real britânica, deixando que representar a monarquia em eventos oficiais.
Apesar da polémica, a rainha Isabel II fez questão de apoiar publicamente o filho, conforme destacou o historiador Andrew Lownie.
"Ela tinha um grande ponto fraco em relação ao seu filho favorito e simplesmente não aceitava qualquer tipo de crítica a ele", comentou, durante a apresentação do livro, intitulado 'Entitled: The Rise and Fall of the House of York' ('A Ascensão e Queda da Casa de York na tradução em português').
"A rainha protegeu André, recusando-se a aceitar quaisquer queixas sobre ele, mesmo quando, por exemplo, lhe foram apresentadas provas de que ele aceitava subornos num cargo público financiado pelos contribuintes", vincou, em declarações a um grupo de jornalistas estrangeiros, entre os quais a agência Lusa.