"A discriminação racial não é apenas um flagelo, é um cancro espiritual"

Dino D'Santiago mostrou a sua revolta sobre a ação da PSP no Martim Moniz. "Nada, absolutamente nada, justifica tal desumanidade."

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© Instagram/Dino D'Santiago

Notícias ao Minuto
20/12/2024 19:15 ‧ 20/12/2024 por Notícias ao Minuto

Fama

Dino d’Santiago

Dino d'Santiago recorreu ao Instagram para demonstrar a sua indignação sobre a ação policial da PSP no Martim Moniz, que decorreu na passada quinta-feira. 

 

O cantor, conhecido por ser ativista pelas causas sociais e fazer parte de vários projetos pela equidade e igualdade social, fez um longo texto onde condena este "ato de violência contra uma nação inteira". 

"Uma nação que há muito se orgulha de ser ponte entre mundos, mas que agora, sem pudor, ergue muros invisíveis contra aqueles que ousam existir à margem do seu conforto. Aqueles corpos encostados à parede não eram criminosos — eram espelhos. Espelhos do medo que carregamos, da nossa hipocrisia, daquilo que nos recusamos a ver: que, por mais que tentemos, não podemos fugir de quem realmente somos", começou por dizer. 

"A parede onde os encostaram, à luz do dia, é um símbolo maior do que qualquer muralha alguma vez erguida. Não é preciso cimento para criar um gueto. Não é preciso um campo de concentração para desumanizar. Basta o silêncio de quem observa, a apatia de quem consente, o conformismo de quem acredita que estas coisas só acontecem aos outros. Mas, e quando esses 'outros' são os teus? Quando a pele encostada à parede poderia ser a do teu filho, do teu avô, da tua irmã?"

O cantor vai mais longe e afirma: "A discriminação racial não é apenas um flagelo; é um cancro espiritual que corrói o coração das sociedades. É a mentira que contamos a nós próprios para justificar o nosso privilégio, a nossa ganância, o nosso medo do diferente. E, como todas as cicatrizes mal curadas, infeciona, alastra-se, transforma-se em algo que, inevitavelmente, nos matará a todos."

"No dia, 19 de dezembro, Portugal envergonhou-se. [...] Nada, absolutamente nada, justifica tal desumanidade. Que não existe crime maior do que negar a alguém a sua humanidade", concluiu o artista.

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