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"Adorava repetir o Festival da Canção apenas como compositor"

O Fama ao Minuto esteve à conversa com Filipe Keil.

"Adorava repetir o Festival da Canção apenas como compositor"
Notícias ao Minuto

08:30 - 22/03/22 por Mariline Direito Rodrigues

Fama Filipe Keil

Tiago Batista, ou simplesmente Filipe Keil, nasceu em Chaves em 1991. É cantor, compositor, letrista, produtor musical e, até, arquiteto. Participou no Festival da Canção Júnior, em 2006, e em 2013 no concurso de talentos 'Factor X'.

Cinco anos mais tarde, em 2019, integrou o conjunto de artistas do Festival da Canção, com o tema 'Hoje'. 

O Fama ao Minuto esteve à conversa com o músico, que nos falou um pouco sobre a sua carreira e o que aguarda para o futuro. 

O seu nome é Tiago Filipe Pinheiro Batista. Porquê a adoção do nome artístico Filipe Keil? Qual o seu significado?

Vivi a minha adolescência no Algarve - Silves - e conheci um pouco da obra da artista Maria Keil. Gostava muito da sua arte e achava o apelido peculiar. Anos mais tarde, quando faleceu, o seu apelido voltou a surgir-me na memória. Foi nessa altura que decidi, também, criar uma ‘persona’ artística e pensei logo em juntar o meu segundo nome a Keil. Daí Filipe Keil. 

Em 2006 escreveu a canção 'Só quero um mundo melhor', pelo que percebi, inspirada pelo que via nas notícias. Perante uma guerra na Europa, esta música ganhou um significado ainda maior?

Sem dúvida. Lembro-me de ser miúdo - tinha 15 anos - e ficar intrigado com o que via na televisão. Na altura, era o Iraque que estava em conflito. Queria muito poder fazer alguma coisa, ser ativista. Acabei por escrever o tema ‘Só quero um mundo melhor’. Essa foi a minha primeira canção a “sério” que me levou ao Festival da Canção Júnior.

Tenho assistido a este conflito na Ucrânia com uma angústia semelhante. Estou um pouco mais consciente, mas ainda assim revoltado. Já me passou pela cabeça revisitar o tema 'Só quero um mundo melhor', apesar de achar a letra um pouco imatura em relação ao que escrevo agora. Mas… quem sabe.

O Filipe nasceu em Chaves. Para um músico cujas origens estão longe da capital, é mais difícil singrar na carreira?

Não acho. Já foi. Talvez até há 7, 8 anos. Hoje, felizmente ou infelizmente, estamos mais ligados do que nunca. Acredito que o presente e o futuro da música se construa mais pelo caminho oposto: partilhar lugares com personalidade, que antigamente não eram tão vistos e visitados. 

Encurtamos distâncias. Somos cada vez mais a tal aldeia global que tanto se previa no início do século. 

Há três anos participou no Festival da Canção com 'Hoje'. Esta era uma experiência de voltaria a repetir?

Sim. Adorava repetir, principalmente por sentir que o Festival é um evento de referência na nossa cultura. Adorava ter o papel de, apenas, compositor. De poder dar a um intérprete uma criação minha e vê-la florescer. Como vimos no Festival que aconteceu neste ano, a música portuguesa está de boa saúde e recomenda-se. 

Chegou também a participar no Factor X. Acha que se fosse hoje a um programa como o The Voice, por exemplo, ou, até mesmo, ao Ídolos, conseguiria um destaque diferente?

Eu participei em 2013 no FactorX, no mesmo ano em que decidi usar o nome Filipe Keil, porque senti que precisava de me expor e viver experiências fora da minha zona de conforto. Ainda tinha pouca experiência. Guardo boas recordações, algumas mais agridoces, da minha passagem pelo programa. Foram 3 meses intensos. Hoje não tenho intenções de voltar a um programa do género. Nem sei que tipo de destaque poderia ter. Vejo-me muito mais focado nas minhas criações e em tentar desenvolver cada vez mais a minha escrita e produção musical. 

Lançou recentemente um novo tema 'Desligado' do EP 'Prisma'. Do que é que trata?

O EP ‘Prisma’ é uma tentativa de celebrar uma nova perspetiva sobre os meus medos e angústias que fui vivendo ao longo do meu crescimento. Costumo dizer que é uma purga à ansiedade. Uma forma de ver, por outro prisma, aquilo que em tempos me custava ver.

O sonho da música sempre foi único ou tem um plano B?

Não considero a música um sonho. Considero-a uma realidade porque, independente da indústria musical, a minha música existe e tem sido construída ao longo dos últimos anos. Não vivo só da música, mas felizmente que tenho um trabalho que é 100% criativo. Daí não conseguir, muitas vezes, discernir qual é o plano A ou B. 

Qual o seu grande objetivo enquanto músico?

Criar. É transversal a qualquer período da minha vida. Quero sempre chegar àquela música que ainda não compus e experimentar diferentes sonoridades. É isso que me dá aquela pica enquanto músico. 

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