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Rui Orlando: O cantor que com Bárbara Bandeira 'levou' o coração dos fãs

'Me Leva Contigo' já é um sucesso entre o público português. O single que Rui Orlando escolheu regravar ao lado de Bárbara Bandeira abriu-lhe portas e levou-o diretamente ao coração dos fãs portugueses. Em entrevista ao Fama Ao Minuto, o músico angolano deu-se a conhecer, recordou o seu percurso e revelou-se repleto de planos para o futuro.

Rui Orlando: O cantor que com Bárbara Bandeira 'levou' o coração dos fãs
Notícias ao Minuto

08:02 - 03/08/19 por Catarina Carvalho Ferreira

Fama Rui Orlando

Músico, compositor e instrumentista, Rui Orlando venceu o concurso ‘Angola Encanta’, da televisão Pública de Angola, em 2011, e desde então ‘encanta’ o público com a sua voz única e diferente de todos artistas da sua geração.

Estudou contabilidade e gestão, mas a paixão pela música falou mais alto. Aos 20 anos fez um curso intensivo de música em Lisboa e dedicou-se de alma e coração à sua grande vocação: as artes. Sim, porque não é apenas na música que Rui Orlando dá cartas. A moda e até a representação passaram também a fazer parte da sua vida. A novela ‘Jikulumessu’ marcou a sua estreia na ficção angolana. 

Com vários êxitos entre os fãs, o primeiro álbum, ‘100%’, chegou a Angola em março deste ano. Uns meses mais tarde, lançava em Portugal o tema ‘Me Leva Contigo’. Regravado ao lado de Bárbara Bandeira, o single abriu-lhe portas entre o público e levou-o diretamente ao coração dos fãs portugueses.

É sobre todo este percurso que nos fala agora, em entrevista ao Fama Ao Minuto

O Rui nunca teve receio de admitir que era um jovem muito tímido. Tendo em conta este traço da sua personalidade, como surge esta sua vontade de fazer parte do meio artístico?

Era e ainda sou! Acho que foi também uma forma de escape. Continuo tímido, mas já estou bem mais solto. Mas, à parte disso, eu sempre gostei de arte. Não é só música, de arte mesmo.

A ligação às artes, neste caso à música, era algo que já fazia parte das suas raízes? Alguém da sua família tinha ligações ao meio?

Não, pelo menos que eu saiba não. Não conheço nenhum familiar meu que esteja ligado ao canto. Mas têm todos muito bom gosto, sempre se ouviu muito boa música lá em casa.

No palco eu consigo criar uma ligação com as pessoas, coisa que pessoalmente é mais difícil para mim Então como surge a sua primeira oportunidade no mundo da música?

Desde pequeno que sempre gostei de pintar, tanto que o meu sonho era ser ou arquiteto ou artista plástico. Depois deixei-me apaixonar pela guitarra, sempre quis ter uma. Houve um tio meu que esteve numa escola para aprender a tocar guitarra, ele desistiu e a guitarra ficou ali parada. Sempre que podia ia para lá e tentava tocar, depois fui aprendendo. Naquela altura tive de aprender sozinho, não tinha ninguém que me ensinasse, mais tarde é que eu conheci pessoas que me ensinaram a tocar. Depois comecei a cantar, mas nunca me passou pela cabeça que um dia seria cantor. Claro que também me deu uma grande ajuda ter participado num programa de música.

E que importância teve, de facto, esse programa na sua carreira?

Foi o mais importante. Foi lá que eu percebi que queria mesmo fazer isto.

Mais tarde, o Rui esteve afastado da música para se dedicar a outras vertentes artísticas, nomeadamente a representação.

É verdade. E ainda a propósito da minha timidez, na representação eu já me sinto bem mais livre, já me sinto mais confortável. Na representação eu já consigo ser aquele Rui que eu gostaria de ser fora dali e não sou, porque eu sou mesmo tímido.

Acha que a sua timidez atrapalha de alguma forma a sua carreira?

Dá mais liberdade, por isso é que eu gosto de atuar. No palco eu consigo criar uma ligação com as pessoas, coisa que pessoalmente é mais difícil para mim, embora hoje em dia já seja mais solto. Já converso melhor, mas ainda existe timidez. Pronto, é personalidade.

Consigo colocar-me no lugar do outro e acho que isso é que faz com que as pessoas sintam a minha música e se identifiquem A representação é algo em que vai continuar a apostar?

É assim, eu vivo em Angola... se houvesse mais produções de novelas, filmes, séries e, claro, se surgissem convites, seria algo que eu gostaria muito de fazer.

Neste caso podemos então dizer que o seu desejo seria conciliar a música com a representação?

Na música quando eu canto uma canção eu sinto que estou a encarnar aquela situação, aquilo de que fala a letra. Na representação é praticamente a mesma coisa. No fundo, a música e a representação completam-se, acabam por ser muito semelhantes e por me completar a mim também enquanto artista.

Em que se inspira para as letras das suas músicas?

Eu já vi algumas daquelas coisas acontecerem, já vivi algumas e até já inventei outras [risos]. Falando nos temas do meu álbum, por exemplo, eu vivi pelo menos quatro daquelas músicas, o resto são situações que eu gostaria de viver. Na grande maioria, eu consigo colocar-me naquela situação e pensar no que estaria a sentir ao viver aquilo que estou a cantar. Consigo colocar-me no lugar do outro e acho que isso é que faz com que as pessoas sintam a minha música e se identifiquem. Todo o ser humano passa pelas mesmas situações. Todos amamos, todos já sofremos uma desilusão, todos já perdemos alguém.

E em relação a artistas, quais os nomes que mais o inspiram?

Não são necessariamente artistas que estejam relacionados com aquilo que eu canto. Por exemplo, os Linkin Park tiveram um papel importantíssimo para me fazerem criar uma ligação com a música. Agora, mais recentes, Matias Damásio é uma inspiração e é para mim o melhor artista que nós temos em Angola.

O Rui até já disse várias vezes que gostaria de fazer uma música com Matias Damásio.

É um sonho.

E esse sonho já está perto de ser concretizado ou ainda não?

Está perto, está perto [risos]. Eu posso, o problema não é esse. Por ele ser para mim o melhor artista atual em Angola causa uma grande pressão, quero fazer algo com ele que realmente seja muito bom. Eu sei que já posso fazer isso, mas não sei se vou ter coragem. Mas vou ganhar coragem [risos]

Há quatro artistas aqui em Portugal com os quais eu gostaria muito de trabalhar Em Portugal, fez recentemente um dueto com Bárbara Bandeira. Juntos regravaram a sua música ‘Me Leva Contigo’. Como surge esta ideia de se juntar à Bárbara?

Creio que a Bárbara ouviu a minha música e pensou que gostaria de fazer algo semelhante. Eu conhecia-a mas apenas de a ouvir, quando estive com ela pessoalmente e tive real noção do seu talento percebi que realmente gostaria muito de trabalhar com ela. Como ela trabalha com uma produtora com a qual eu também já trabalhei, surgiu então a ideia de regravarmos o ‘Me Leva Contigo’.

E qual o balanço que podemos fazer desta parceria?

Só posso dizer que já nem tocam a minha música sozinho [risos]. Já só tocam a nossa versão... na discoteca, na rua.

Há novas parcerias a caminho com artistas portugueses?

Muitas! Vão ter muitas surpresas. Estão a caminho parcerias, sim. Há quatro artistas aqui em Portugal com os quais eu gostaria muito de trabalhar.

E podemos saber quem são?

Não sei se posso revelar, porque algumas dessas parcerias vão mesmo acontecer. Mas vá, eu gostaria muito de gravar um tema com a Yasmine, com o David Carreira e os outros dois vamos manter em segredo.

Como é que o público português está a receber a sua música?

Graças a Deus, muito bem. Eu próprio fiquei surpreendido com o suporte que me deram. Eu estava à espera de ter aqui alguns fãs, mas ainda assim fiquei surpreendido com a quantidade de pessoas que conhecia as minhas músicas. Ver todos a cantar nos meus espetáculos é emocionante. Agora vamos fazer mais.

Acho que nasci mesmo para isto, a única coisa que eu sei fazer é arte O seu álbum já saiu em Angola, mas quando chega a Portugal?

Está a caminho. São países diferentes, culturas diferentes, precisamos de adaptar alguns pormenores. E não só, há participações que eu gostava de incluir no álbum, o tema que gravei com a Bárbara e ainda outras. Mas já está quase tudo pronto, está já na linha de partida.

Agora para os portugueses que ainda não conhecem o Rui, como é que se define enquanto artista?

Sou uma pessoa e um artista simples, tímido mas muito simpático [risos]. Acho que nasci mesmo para isto, a única coisa que sei fazer é arte.

Em relação ao futuro, quais os objetivos que gostaria de conquistar?

Continuar a trabalhar. Melhorar muito, muito mais. Dar o meu melhor. Daqui para a frente as minhas músicas vão ser melhores e mais desenvolvidas. Ouvir novas coisas, desenvolver novas coisas. O segredo é sempre explorarmos novos horizontes, é isso que tento fazer. O resto faz-se com trabalho, muito trabalho. 

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