Assessores de Sócrates consideraram que propostas deviam "ser ponderadas"

Os assessores económicos de José Sócrates consideraram, em 2005, que as propostas de ‘swaps’ do Citigroup e Barclays com impacto no défice podiam ser “ponderadas no final do ano” caso houvesse necessidade para as contas públicas.

ISRAEL PALESTINIANS HAMAS

© Lusa

Lusa
08/08/2013 20:43 ‧ 08/08/2013 por Lusa

Economia

Swaps

Segundo os documentos distribuídos pelo atual Governo, o Citigroup e o Barclays apresentaram em 2005 propostas aos assessores económicos do primeiro-ministro, Óscar Gaspar e Vitor Escária, para a contratação de operações de ‘swap’ que fariam reduzir artificialmente o défice orçamental.

Foi no seguimento das reuniões com os responsáveis desses bancos - a 23 de junho no caso do Barclays e 01 de julho no caso do Citigroup -, que as propostas foram reencaminhadas pelos assessores económicos para o chefe de gabinete de José Sócrates, Luís Patrão.

A carta da assessoria económica de José Sócrates, que acompanhava a proposta, considerava que as operações propostas com repercussões no défice “podem ser ponderadas em caso de dificuldade no final do ano”. Dizia ainda que estas “não configuram medidas extraordinárias”, inserindo-se nas “estratégias normais de redução do risco e melhoria da performance da gestão da dívida pública” que são “executadas com regularidade pelo IGCP” e acrescentavam devia haver uma decisão até final de setembro para que as propostas pudessem ser equacionadas até final de 2005.

"Pela relevância que poderá ter, julgo que a documentação deveria ser enviada ao Ministério das Finanças", termina a assessoria económica de Sócrates na carta enviada ao chefe de gabinete.

Quando recebe as propostas, o chefe de gabinete de José Sócrates reencaminha-as para o gabinete do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que dá conhecimento ao secretário de Estado do Tesouro, Costa Pina, que pede por sua vez um parecer ao IGCP.

O parecer do instituto que gere a dívida pública seria negativo para ambas as propostas, que não foram aceites pelo Governo de então, nunca chegando a ser subscritas.

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