O Ifo refere que "a União Europeia não pode reagir por sua parte com taxas aduaneiras a produtos de aço e alumínio de países terceiros, como a China ou a Rússia, para proteger a própria indústria dos efeitos do desvio do comércio".
"A UE e o Governo alemão devem defender que os outros membros da OMC reclamem em conjunto face às regras da OMC para limitar o conflito comercial político", afirmou o diretor de Economia Externa do Ifo, Gabriel Felbermayr.
Felbermayr adiantou que o Presidente dos Estados Unidos, "Donald Trump, tem razão quando alude às elevadas taxas aduaneiras às importações da UE para os automóveis, de 10%, e para outros produtos".
Em média as taxas aduaneiras das importações dos Estados Unidos são mais baixas do que as da UE, segundo se acordou na Ronda de Uruguai, a oitava ronda das negociações comerciais multilaterais de 1986 a 1994, mas desde então o mundo mudou muito, considerou Felbermayr.
As grandes economias do mundo pediram a retirada das taxas de 25% para o aço e de 10% para o alumínio impostas por Trump.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, advertiu na quinta-feira que o protecionismo dos Estados Unidos é "perigoso" e que é um risco para o crescimento económico da zona euro e para as relações internacionais.