O Banif ainda está a negociar o plano de reestruturação com a Direção-Geral da Concorrência europeia, um documento obrigatório para os bancos que receberam dinheiros públicos.
Depois de Caixa Geral de Depósitos, BCP e BPI terem fechado os seus planos na semana passada, Jorge Tomé disse hoje que o do Banif - que começou a ser negociado cerca de seis meses depois dos outros bancos portugueses - deverá ser concluído em "setembro ou outubro" e que o que falta são sobretudo questões operacionais, nomeadamente como vai Bruxelas monitorizar se o Banif está a cumprir o acordado.
O plano de reestruturação define as linhas estratégicas do Banif até 2017, sendo já conhecido que o banco vai ter de sair de muitas das operações internacionais, à exceção do negócio da emigração.
Na atividade em Portugal, vai focar-se na banca de retalho na Madeira e nos Açores e nas pequenas e médias empresas e terá de reduzir os seus custos, incluindo com o fecho de balcões e saída de pessoal.
"Os balcões que não têm rentabilidade vamos ter de os fechar", disse hoje Jorge Tomé aos jornalistas, à margem da apresentação dos resultados do aumento de capital, recusando confirmar se o plano negociado com Bruxelas implica o encerramento de cerca de 100 balcões.
"O ano passado e este ano já fechamos 42 balcões e esse processo é para continuar", acrescentou apenas o presidente do Banif.