Bancos comprometem-se a cortar para metade rácio do malparado até 2021
Os bancos portugueses com níveis mais elevados de crédito malparado comprometeram-se junto das autoridades europeias a reduzir os rácios destes ativos problemáticos de 22% para 10% até 2021, segundo a Comissão Europeia.
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Economia Ajuda Externa
"Os seis bancos portugueses com os níveis mais elevados de crédito não performativo [NPL, na sigla em inglês] apresentaram planos a cinco anos para a redução do malparado ao Banco de Portugal e ao Mecanismo Único de Supervisão", afirma a Comissão Europeia no relatório sobre à missão pós-programa de ajustamento que decorreu no final do ano passado e divulgado hoje.
Segundo Bruxelas, estes bancos tinham um rácio médio de NPL de 22% até ao final de 2016 e, agora, "estão a planear reduzi-lo para 10% até 2021?.
A Comissão observa que, para o Banco de Portugal e o Mecanismo Único de Supervisão, os planos "são ambiciosos, mas realistas, e a implementação está, até agora, no bom caminho".
Como descreve Bruxelas no relatório, as principais medidas dos bancos passam pela venda de carteiras de malparado, o que tem vindo a acontecer, mas também por recuperações e execuções bancárias.
No final de setembro, foi constituída uma plataforma de gestão de malparado entre a CGD, BCP e Novo Banco, os bancos com maior volume de crédito malparado, para gerir de forma integrada os créditos que vários bancos concederam a uma mesma empresa, com o objetivo de aumentar a eficácia e celeridade nos processos de reestruturação comuns aos bancos em causa.
Numa fase inicial, a plataforma vai gerir créditos cujo valor agregado seja no mínimo cinco milhões de euros e os ativos geridos pela plataforma permanecerão no balanço dos bancos.
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