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Vodafone faz 25 anos: "Mostrámos que o telemóvel não era só para a elite"

O antigo presidente da Vodafone Portugal António Carrapatoso disse à Lusa que a entrada da operadora no mercado português, há 25 anos e então com o nome Telecel, foi o "motor do desenvolvimento das comunicações móveis em Portugal".

Vodafone faz 25 anos: "Mostrámos que o telemóvel não era só para a elite"
Notícias ao Minuto

09:27 - 18/10/17 por Lusa

Economia Carrapatoso

Em 18 de outubro de 1992, a Telecel arrancou a sua atividade no mercado português, disponibilizando um serviço de comunicações móveis em GSM (primeira geração móvel), cobrindo, na altura, 57% do território e 83% da população. Com a entrada em funcionamento da rede celular, que aconteceu exatamente um ano depois da obtenção da licença, a operadora estabeleceu, na altura, o recorde mundial da instalação mais rápida de uma rede GSM, segundo a Vodafone.

"Fomos o motor de uma revolução em Portugal, do desenvolvimento das comunicações móveis em Portugal", afirmou António Carrapatoso, por ocasião dos 25 anos da Vodafone Portugal, que além de presidente da operadora também foi responsável pela coordenação da elaboração da candidatura à licença GSM.

"Marcámos diferença porque na altura entrámos com uma nova tecnologia digital GSM", prosseguiu, adiantando que também é mérito da operadora ter tornado "o telefone móvel mais acessível", já que naquela altura era visto como um dispositivo para as elites.

A forma de comunicar a acessibilidade de telemóveis a todos, a título de exemplo, ficou marcada pelo anúncio "Tou xim? É p'ra mim!!!", que punha um pastor a atender o telemóvel no meio do campo.

Aquando da sua entrada no mercado, Portugal apenas tinha uma operadora de telecomunicações, a TMN, da incumbente Portugal Telecom.

"Mostrámos que o telemóvel não era só para a elite, fomos mostrando que o telefone móvel iria ser acessível a todos", acrescentou, apontando que, além disso, a operadora foi "muito orientada para o cliente".

E com esta orientação "fomos os primeiros a introduzir serviços de atendimento aos clientes de 24 horas", sublinhou.

No início dos anos 90 do século passado, António Carrapatoso era administrador de banca de investimento do Grupo Espírito Santo e ficou com o projeto da candidatura da segunda licença de comunicações móveis GSM no mercado português, tendo sido convidado a coordenar o consórcio.

"Quando nos candidatámos, prevíamos na proposta uma taxa de penetração de 6% face à população em 2000", relembra António Carrapatoso, evidenciando que na altura se desconhecia o sucesso que o telemóvel viria ter.

Para 2002 "prevíamos uma taxa de penetração de 8%", apontou, recordando que na altura "só havia 3.000 utilizadores de telemóvel" em Portugal e a nova operadora previa 600 mil em 2000.

Estas metas foram "uma das razões para vencermos o concurso", já que os restantes concorrentes (sete) previam uma taxa de penetração inferior, acrescentou.

Em 1995, António Carrapatoso viria a assumir a presidência da operadora.

O gestor recorda com "satisfação" o trabalho de "uma equipa que contribuiu para que Portugal fosse um dos países mais evoluídos" na área do móvel.

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