Expressando o "mais profundo pesar" pela sua morte, a APCOR descreve o fundador do Grupo Amorim como uma personalidade que "marcou de forma incontornável o setor da cortiça em Portugal e no mundo, reconhecendo-o como responsável por "um legado de inovação e expansão" nessa área.
"Deixou-nos a maior referência da indústria da cortiça", declara João Rui Ferreira, presidente da associação que também já foi dirigida pelo próprio Américo Amorim.
"Via oportunidades onde, durante muito tempo, outros só viam dificuldades, e ousou sempre ir mais além, catapultando o setor para o lugar cimeiro que hoje ocupa e olhando sempre para o mundo como espaço de afirmação da cortiça", realçou.
Para João Rui Ferreira, Américo Amorim deve ser lembrado pelo "caráter visionário e empreendedor" com que conquistou "um lugar ímpar na história desta fileira" e poderá continuar a inspirar o meio empresarial, tendo em conta que um dos seus lemas era que "o futuro começa todos os dias" e "há sempre alguém capaz de descobrir novas oportunidades" de desenvolvimento.
"É com esse espírito que o devemos recordar", realça o presidente da ACPOR.
Ainda segundo informação disponibilizada por esse organismo, Américo Amorim exerceu quatro mandatos como presidente da APCOR em diferentes períodos da evolução da indústria corticeira.
Entre a década de 70 e de 90, quando se verificou a expansão e internacionalização do setor, o empresário liderou "alguns dos principais acontecimentos que marcam a história da associação", pelo que em 2011 essa o distinguiu com o Prémio de Mérito na sua gala anual, em reconhecimento pelo "trabalho que encetou ao longo dos anos em prol da cortiça".