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Governo nomeia administradores da TAP "no máximo" até julho

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas disse hoje à Lusa que espera "no máximo" até julho ter nomeado a equipa de gestão da TAP, esperando que os representantes indicados pelo Estado estejam "muito em breve a trabalhar".

Governo nomeia administradores da TAP  "no máximo" até julho
Notícias ao Minuto

23:16 - 30/05/17 por Lusa

Economia Privatização

"Demos os passos essenciais para chegar a essa fase [na TAP], neste momento tenho a expetativa que no mês de junho ou no mês de julho, no máximo, tenhamos a equipa nomeada e tenhamos toda a operação consolidada, nomeadamente a posição maioritária do Estado como maior acionista na empresa e esta recuperação da posição estratégica do Estado na TAP", afirmou o governante à margem da cerimónia da inauguração do escritório da japonesa Marubeni em Lisboa.

"A nossa equipa estará muito em breve a trabalhar", acrescentou.

O Conselho de Administração da TAP terá seis elementos indicados pelo Estado, detentor de 50% do capital, e seis elementos escolhidos pelo consórcio Atlantic Gateway, dos empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman, com uma participação de 45%, sendo que o presidente nomeado pelo Estado terá voto de qualidade.

Para o processo de privatização da TAP estar concluído, após a reconfiguração levada a cabo pelo Governo, que aumentou a participação do Estado face ao modelo fechado na anterior legislatura (PSD/CDS-PP), fica a faltar a luz verde do regulador da aviação, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

Já sobre a questão da falha de abastecimento de aviões no aeroporto de Lisboa, o governante considerou que se tratou de uma "situação pontual" que "não devia ter acontecido".

Agora, a ocorrência "está a ser investigada pelo regulador, é assim que deve ser e devemos esperar pelas conclusões para que as consequências que daí decorram" sejam "aplicadas".

No que diz respeito às limitações do Aeroporto Humberto Delgado, Pedro Marques disse que "é exatamente para resolver as limitações futuras" que o Governo está a trabalhar para ter uma nova capacidade aeroportuária, com o aeroporto complementar no Montijo.

"Não podíamos esperar mais, o país já esperou anos demais para tomar esta decisão, avançámos muito no processo e antecipámos cinco anos a decisão final com o memorando celebrado no início deste ano com a ANA, a concessionária dos aeroportos. Este ano, felizmente, a capacidade aeroportuária existe, estamos a crescer muito e vamos continuar a crescer muito ao longo do ano e para que nos próximos anos não haja limitações significativas haverá medidas intercalares", adiantou.

O governante disse contar resolver o problema de "modo permanente" com a "existência de um novo aeroporto, de uma nova capacidade aeroportuária complementar na região de Lisboa".

Na abertura da filial da Marubeni em Lisboa, Pedro Marques disse que "é uma satisfação muito grande para o Governo português a possibilidade" do grupo ter um escritório permanente em Portugal, tendo celebrado a abertura numa cerimónia tradicional japonesa.

A Marubeni, que em 2016 entrou no capital da Galp Gás Natural Distribuição, "é uma das grandes companhias japonesas com presença em todo o mundo e vinha investindo em Portugal em algumas áreas estratégicas, nomeadamente na área da energia e de tratamento de águas, mas estabelece agora um escritório permanente para gerir todos os seus interesses em Portugal, para reforçar o seu investimento em Portugal e para daqui fazer uma plataforma para o seu investimento na Europa, mas também em África e no Brasil", disse.

"A economia portuguesa está a recuperar e uma das maiores companhias japonesas que está presente em todo o mundo escolher Portugal para ter um escritório permanente e para criar aqui uma base para a sua atividade e declarar que vai reforçar o seu investimento em Portugal, é um excelente sinal para a economia portuguesa e um excelente sinal para outras companhias japonesas olharem de modo reforçado para Portugal", considerou.

Este "é o tipo de sinal de que precisamos para continuar este processo de recuperação económica que está em curso", afirmou, recordando que a Marubeni foi uma das empresas que o ministro desafiou a investir em Portugal, aquando da sua deslocação ao Japão no passado.

O governante destacou ainda o papel da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) durante este último ano junto da Marubeni, que se traduziu agora na abertura do escritório.

Por sua vez, o presidente da AICEP destacou que este evento é "significativo para o investimento em Portugal", nomeadamente porque a instalação de um grupo como a Marubeni, "que é uma multinacional gigante, das quatro maiores empresas do Japão, dá um sinal claro de credibilidade e da estabilidade" que Portugal tem.

E também "do acesso que Portugal dá a outros mercados, uma empresa destas não olha para Portugal só para o nosso mercado interno, olha como uma oportunidade para poder operar na Europa, em África, na América do Sul", acrescentou Luís Castro Henriques.

Luís Castro Henriques considerou que a economia portuguesa está a atravessar "um bom momento" e que está a apresentar "a resiliência e a estabilidade necessária" para que o país seja um "bom destino para o investimento e para os negócios".

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