Em declarações à Lusa, António Marques disse ainda que, no decorrer da primeira quinzena de abril, a AIMinho irá mover uma ação contra o Estado, para exigir o pagamento de uma alegada dívida de milhões de euros.
António Marques escusou-se a revelar o valor da alegada dívida do Estado, sublinhando apenas que é "robusta".
"A AIMinho tem, neste momento, um problema gravíssimo de tesouraria, que resulta do desfasamento entre aquilo que temos de pagar e aquilo que não nos pagam", sublinhou.
Acrescentou que acredita que a situação se resolverá muito em breve, "quando as coisas forem normalizadas com o Estado".
"Além disso, e se se chegasse a isso, nós temos um património que responde por toda a atividade da AIMinho", disse ainda, enfatizando que só os seus centros empresariais de Braga e de Viana do Castelo poderão valer cinco milhões de euros.
Os principais credores da AIMinho são a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco.
Há pouco mais de uma semana, a AIMinho apresentou, no Tribunal de Comércio de Famalicão, um Processo Especial de Revitalização.
O objetivo, disse António Marques, é tentar negociar taxas de juro "compatíveis" e prazos de pagamento "aceitáveis".
"Financiamos a nossa atividade com base em empréstimos, para sustentar contratos que temos com o Estado para o desenvolvimento de projetos. Quando o Estado não paga, é natural que entremos em incumprimento com os bancos", admitiu.
A edição de hoje do Jornal de Notícias refere que o Novo Banco pediu a insolvência da AIMinho, por dívidas "de vários milhões de euros".
À Lusa, António Marques garantiu que a associação "não foi notificada" de qualquer pedido de insolvência, nem do Novo Banco nem de qualquer outro credor.