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Passado, presente e futuro: A Momondo está em Portugal para ficar

O Economia ao Minuto falou com o marketing manager da plataforma de comparação de preços durante a BTL. Leia na entrevista o que a empresa pensa do mercado português e como planeia crescer.

Passado, presente e futuro: A Momondo está em Portugal para ficar
Notícias ao Minuto

07:45 - 22/03/17 por Bruno Mourão

Economia Momondo

Dinamarquesa de gema, a Momondo está em Portugal para ficar. Em todas as palavras de Fábio Pereira, marketing manager da Momondo para o mercado nacional, sobressai a confiança trazida pelo sucesso dos últimos anos e pela ligação cada vez maior dos portugueses à plataforma de comparação de preços turísticos. 

O Economia ao Minuto teve oportunidade de falar da aquisição da marca pelo grupo Priceline, da estratégia para o futuro, do passado de sucesso e até do perfil do turista português. 

Veja na entrevista as respostas de Fábio Pereira.

Como foi a integração da marca Momondo no mercado português? 

A integração foi relativamente simples. A marca tem 10 anos e nasceu na Escandinávia, na Dinamarca e o domínio .pt já existia em Portugal desde o início, mas só em 2013 é que começámos a promover o site e a investir em marketing. O crescimento tem sido rapidíssimo. Tínhamos uma estrutura de marketing que já estava estabelecida na Escandinávia, baseada no marketing digital, que aplicámos aqui e com grandes resultados. O que nós fazemos é fazer o marketing muito perto daquilo que as pessoas procuram. No momento em que as pessoas pesquisam um voo para Londres, por exemplo, nós estamos presentes com resultados altamente relevantes. Nesse sentido, captámos grande parte do mercado rapidamente. O nosso crescimento aqui também foi muito rápido por ainda não haver um conceito de meta-pesquisa. O conceito de comparação de preços era relativamente novo e muitos portugueses fizeram publicidade por nós. Amigos diziam aos amigos: "olha, descobri este site, isto é fabuloso, podes comparar...". Pelo nosso investimento em marketing e pelos portugueses perceberem as vantagens rapidamente e começarem a partilha, o crescimento foi exponencial. 

Nestes últimos anos, começaram a ter uma concorrência cada vez mais apertada. Como é competir num espaço tão 'agressivo'? 

Por um lado, não temos muita concorrência que seja direta, que faça exatamente o mesmo. Existem sites internacionais conhecidos como o Skyscanner, o Kayak, mas que têm uma expressão muito mais reduzida no mercado português. A nossa concorrência acaba por ser indireta: muitas pessoas ainda têm dificuldade em perceber a diferença entre um site de comparação de preços como a Momondo e um site que faz efetivamente as reservas como a eDreams. Até os sites das próprias companhias aéreas são concorrentes. 

Falou da Kayak, que deverá ser uma das marcas que se irá juntar à Momondo após a aquisição da Priceline. Essa sinergia entre marcas vai chegar a Portugal? 

Nós nesta altura ainda não temos informação. Soubemos que tinha havido a aquisição, há muita energia em torno da aquisição, as pessoas querem saber quais vão ser os resultados, qual vai ser o impacto, mas na realidade ainda não temos muita informação. 

Mas terão certamente a expectativa de que seja um passo positivo? 

Exato. Esperamos que haja um investimento ainda maior do que aquele que tem sido feito no mercado português, por isso a expectativa é sempre boa. 

Que benefícios esperam ter no vosso motor de busca com este negócio? 

Vamos poder beneficiar da capacidade que eles têm na parte tecnológica, porque a equipa em Copenhaga ainda é relativamente pequena. Pensamos que vamos conseguir desenvolver produtos ainda mais rápidos. 

Quantas pessoas existem na vossa equipa portuguesa neste momento? 

Não temos uma divisão estritamente por mercado, então existem muitas pessoas que trabalham para o mercado português, como trabalham para outros mercados. No total, a equipa são 230 pessoas, mais de 40 nacionalidades. 

Uma equipa multicultural, certamente.

Exatamente [risos].

Como é que o Fábio decidiu aceitar o desafio de trabalhar para a Momondo, tendo em conta que tinha experiência em várias outras áreas diferentes? 

A marca tem uma postura muito especial na Dinamarca. Como a empresa é dinamarquesa e já existe há algum tempo, é uma marca da qual os dinamarqueses gostam e da qual sentem orgulho. Estando em Copenhaga, é fácil reparar que a Momondo está por todo o lado: quase todas as bicicletas têm a proteção do cesto à frente com a marca da Momondo e andando pela cidade, vê-se Momondo por todo o lado. Quando me mudei para a cidade, isto gerou-me muita curiosidade e gostando de viajar, foi uma questão de esperar pela oportunidade certa para entrar na empresa. 

Como é que os portugueses se comparam na vontade de viajar com outros países? 

É difícil de fazer essa comparação... O perfil do português é muito diferente do perfil dinamarquês. Não sabemos isso por completo, mas vemos isso nos destinos mais procurados: os portugueses procuram mais destinos na Europa, normalmente grandes capitais com padrões 'low cost'; para os portugueses, o fator custo é determinante na escolha dos destinos, enquanto no Norte da Europa começamos a ver mais destinos como Banguecoque, Nova Iorque mais perto do top 10. Em Portugal, é Londres, Barcelona, Amesterdão e Ponta Delgada juntamente com algumas outras ilhas portuguesas que entretanto, graças ao voos 'low cost' entraram para a lista de destinos preferidos. 

Qual é o objetivo da vossa visita à Bolsa de Turismo de Lisboa? 

O objetivo principal é ver e fazer parte dos prémios para bloggers, numa perspetiva de aprender, até porque recentemente lançámos os nossos próprios prémios. Queremos trabalhar um pouco mais essa área dos bloggers de viagens em Portugal. É nessa perspetiva que viemos. 

Os bloggers são uma aposta forte para a Momondo? Como querem operar nesse mercado para beneficiar a marca? 

Para além da comparação de preços e das dicas sobre como poupar, nós temos uma componente de inspiração que é muito forte. Por um lado, alinhamos muito bem com o tipo de conteúdo que os bloggers de viagem promovem: eles privilegiam os destinos diferentes, uma forma de viajar mais independente. Não se vê bloggers de viagem a promover Paris ou aqueles destinos turísticos tradicionais. Por outro lado, queremos estar mais próximos da comunidade que descobriu os motores de busca como o nosso. É uma comunidade da qual queremos estar um pouco mais próximos e colaborar para contribuir para que desenvolva e ganhe mais relevância no mercado português. 

No que toca à inspiração, tiveram uma campanha muito famosa o 'DNA Journey', que acabou por se tornar viral nas redes sociais. Pretendiam que o estudo tivesse um peso social e político? 

Não era essa a intenção, acabou por uma coincidência. Desde o início temos vindo a lançar várias campanhas para comunicar a nossa missão de abrir o mundo a mais pessoas e ter uma forma de viajar que seja mais levada pela curiosidade e pelo encontro de culturas. A 'DNA Journey' foi simplesmente a maior campanha que fizemos nesse sentido e acabou por coincidir com a situação política. 

Ficaram satisfeitos com o impacto que a campanha teve? 

Bom, mais do que contentes [risos]! Ninguém na empresa acreditava que o resultado ia ser tão positivo. A campanha tornou-se viral e em todo o mundo, tivemos mais de 200 milhões de visualizações e só em Portugal, o vídeo foi visto por mais de um milhão e meio de pessoas. Para nós foi um entusiasmo enorme porque chegámos à conclusão de que a campanha estava alinhada com as pessoas de todo mundo. Foi bastante positivo. 

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