A melhoria dos resultados responde, segundo a empresa num comunicado enviado hoje à Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola (CNMV), à flexibilidade dos negócios, especialmente depois da compra da petrolífera canadiana Talisman, e aos programas de eficiência postos em ação para contrabalançar a queda dos preços do petróleo.
O presidente executivo da Repsol, Josu Jon Imaz, sublinhou que 2016 foi um ano "exigente" em que a empresa demonstrou a "sua capacidade para gerar valor" e fazê-lo "de forma sustentada", segundo declarações divulgadas pela empresa.
O lucro liquido ajustado - que exclui os extraordinários e o efeito dos inventários - cifrou-se em 1.922 milhões de euros, mais 4% do que em 2015, exercício no qual se incluíram resultados financeiros extraordinários de 500 milhões de euros devido à revalorização do dólar no momento de receber naquela divisa a indemnização da YPF na Argentina.
O lucro bruto de exploração da Repsol em 2016 subiu 18% para 5.226 milhões de euros.
Por áreas de negócio, a atividade de "upstream" (exploração e produção) alcançou um benefício liquido ajustado de 52 milhões de euros, contra as perdas de 925 milhões de euros em 2015.
A empresa fechou 2016 com uma produção média de 690.200 barris de petróleo por dia, mais 23% do que em 2015.
A Repsol aumentou as reservas de hidrocarbonetos para 2.382 milhões de barris, com uma taxa de substituição de 103%.
Na área de "downstream" (refinaria e comercialização), o lucro liquido ajustado situou-se em 1.883 milhões, menos 12% do que em 2015, ano em que se registaram margens de refinaria especialmente elevadas.
A dívida líquida da Repsol em 2016 atingiu 8.144 milhões de euros, menos 3.790 milhões, ou 32%, do que em 2015.
Em 2016 a Repsol superou o objetivo de sinergias e poupanças de eficiência, que se elevou a 1.600 milhões, mais 50% do que o previsto, e a empresa prevê aumentar esta poupança para 2.100 milhões.