"O Conselho autorizou a Diretoria da Oi a prosseguir com entendimentos junto aos credores, aprofundando alguns itens críticos, incluindo, dentre outros, a possibilidade de conversão de parte da dívida em ações (equity)", refere o comunicado divulgado no 'site' da Oi, empresa detida em 27% pela portuguesa Pharol (antiga PT SGPS) e que está em recuperação judicial.
A nota refere ainda que a Oi entende que as interações com os credores estão a evoluir e reitera que vai continuar a reunir-se regularmente com seus credores, "demais 'stakeholders' [intervenientes] e potenciais investidores, com vista a reunir impressões, comentários e sugestões".
Na reunião, o assessor financeiro da empresa, a LaPlace, apresentou ao Conselho de Administração alguns cenários desenvolvidos com base nos 'feedbacks' (contributos) de credores, para permitir a evolução das interações, detalha o comunicado.
No início desta semana, a Oi anunciou ter sido informada pela Orascom TMT Investments de que as sugestões apresentadas por um grupo de credores para um plano alternativo de recuperação judicial se mantêm válidas até 28 de fevereiro.
Salientando já na altura que continua a reunir-se "regularmente com demais credores, 'stakeholders' da companhia e potenciais investidores com vista a reunir impressões, comentários e sugestões de melhoria ao plano de recuperação judicial", a Oi assegurou, na altura, que "manterá seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento do assunto".
Em 19 de dezembro passado a operadora brasileira comunicou que iria analisar a proposta de um grupo de credores que apresentou à empresa um plano alternativo de recuperação judicial.
No comunicado então enviado, a empresa brasileira adiantou que em 16 de dezembro de 2016 "recebeu um grupo formado por representantes de credores da companhia (Moelis & Copany e FTI Consulting) e um potencial investidor, Orascom TMT Investments, sociedade em Luxemburgo, os quais apresentaram um plano alternativo de recuperação judicial".
A Oi é a maior operadora de telefone fixo do Brasil e a quarta em rede móvel e encontra-se atualmente em processo de recuperação judicial por não ter conseguido negociar a sua dívida de 65,4 mil milhões de reais (19,3 mil milhões de euros).