Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

"Salários na CGD? Jorge Jesus recebe 20 vezes mais e não há escândalo"

Miguel Sousa Tavares analisou a divulgação pública dos vencimentos a atribuir aos novos responsáveis pela Caixa Geral de Depósitos.

"Salários na CGD? Jorge Jesus recebe 20 vezes mais e não há escândalo"
Notícias ao Minuto

21:31 - 24/10/16 por João Oliveira

Economia Sousa Tavares

O novo presidente da Caixa Geral de Depósitos vai ganhar mais de 30 mil euros por mês e foi precisamente esse um dos temas em análise esta noite, de segunda-feira, por Miguel Sousa Tavares, no habitual espaço de comentário na SIC.

O escritor considerou, desde logo, que este tipo de matérias é "complicada” de abordar, sobretudo quando existe “o precedente de Paulo Macedo, que Manuela Ferreira Leite foi buscar ao BCP e pôs como diretor-geral das Finanças a ganhar cinco vezes o que ganharia alguém nesse cargo”.

Mesmo assim, recordou, “passados cinco anos, Paulo Macedo tinha dado um retorno ao Estado que compensou tudo: tornou a máquina das Finanças mais profissional, conseguiu cobrar mais impostos, etc”.

Citando a argumentação do primeiro-ministro António Costa, de que os salários foram definidos consoante os que são praticados no mercado do setor, o comentador contestou, sustentando que “nada garante que é por pagarmos mais que vamos ter melhores profissionais”.

Mesmo assim, Sousa Tavares apresentou um termo de comparação que, mesmo sendo de uma realidade diferente, deixa no ar a questão sobre como o 'dinheiro dos portuguese's é gerido. “Basta pensar no seguinte: O novo administrador da Caixa vai ganhar mais de 400 mil euros por ano. O treinador do Sporting ganha 20 vezes mais e não é motivo de escândalo. Bem sei que não é com dinheiro público, mas é com dinheiro dos sócios”, sustentou.

Mais. Sob a ótica do escritor, os ordenados da nova administração do banco público ganham maior dimensão quando se sabe que a Caixa apresenta “um turbilhão de problemas financeiros gravíssimos”, razão pela qual “o Estado vai lá pôr cinco mil milhões com o nosso dinheiro”.

De maior importância que o próprio salário, sublinhou, são os prémios acordados nos contratos dos novos gestores, que têm ainda “direito a um prémio de 50% do ordenado em função dos resultados”, algo que, na opinião do comentador, não faz sentido porque “não é difícil mudar os resultados da Caixa quando se vão despedir milhares de trabalhadores”.

“Os dois primeiros anos estão a amortizar indemnizações e depois passam a ganhar dinheiro”, defendeu.

Em jeito de conclusão, Sousa Tavares recordou o exemplo do ‘super banqueiro’ português, António Horta Osório, que, enquanto responsável pelo Lloyd’s Bank, “despediu 150 mil pessoas, passou a ter resultados, e hoje ganha 11 milhões de euros por ano”.

“O Governo devia, ao menos, ter garantido o contrário: caso não haja resultados, baixava o salário”, rematou Sousa Tavares.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório