Em declarações à agência Lusa, o presidente do conselho de administração da Digital Place (dos mesmos acionistas das empresas TLCI, MMCI e Mobile World) e da Phone House, Jorge Martins, destacou que "num ano foi possível reduzir os custos da empresa na ordem dos seis milhões de euros, sem perda de volume de negócios".
"Reforçámos parcerias, estamos a oferecer mais serviços, com melhoria de receitas, conseguimos o 'turnaround' e já no fim deste ano devemos fechar com resultados positivos e com grande confiança e otimismo no projeto", disse.
Segundo Jorge Martins, antes da aquisição -- cujo valor a empresa não quis avançar -- a Phone House -- que pertencia a uma multinacional inglesa - integrava um total de 750 pessoas e apresentava um volume de negócios médio de 55 milhões de euros, com prejuízos anuais em torno dos oito milhões de euros.
"Era uma companhia onde faltava visão estratégica e pouco orientada para o controle de custos", explicou.
Quando foi comprada, foi alterado "todo o modelo de governação" e definidos objetivos claros para o negócio, acrescentou.
"A Phone House foi integrada na cultura do grupo Digital Place, fortemente orientada para a obtenção de resultados e para a inovação, com uma estratégia e visão de médio/longo prazo", disse.
Foi também feita a integração de todas as áreas de serviços partilhados e internalizados no grupo muitos serviços que estavam em 'outsourcing', nomeadamente ao nível do armazenamento e contabilidade e que resultaram também na redução de custos para a companhia.
"Esta internalização de serviços permitiu o recrutamento de mais 30 pessoas para o grupo", disse.
Fruto deste processo houve necessidade, de acordo com o responsável de encerrar aproximadamente 20 lojas, o que resultou na perda de cerca de 100 postos de trabalho, entre as 750 pessoas que trabalhavam na Phone House.
No entanto, a empresa acredita que os resultados vão melhorar e a rede de lojas vai continuar a aumentar em 2016 e 2017.
Atualmente entre lojas em regime de 'franchising' e próprias, a rede da marca Phone House tem 108 lojas por todo o país, a que acrescem as seis unidades da marca Samsung e uma da marca Huawei, geridas também pela empresa.
No próximo ano, de acordo com Jorge Martins a empresa planeia ainda dedicar um "investimento avultado", cujo valor não está ainda definido, na modernização da rede de lojas mais antigas, orientando-as para uma maior proximidade e interação com o cliente e apostando na inovação