Há 25 anos, estrelas dos dias de hoje como Justin Bieber e Miley Cyrus ainda não tinham nascido, o 'Senhor dos Anéis' estava longe de fazer da Oceânia a sua lendária casa e a União Soviética estava à beira da rutura, mas ainda oficialmente unida. Foi exatamente nessa altura que a Austrália viveu a última recessão, uma realidade que passou a ser totalmente desconhecida a partir daí.
Desde o segundo semestre de 1991 que o 'país dos cangurus' não vive dois trimestre consecutivos de queda na produção, o melhor ciclo económico de todo o mundo desenvolvido segundo os dados do Fundo Monetário Internacional.
O sucesso económico australiano baseou-se quase totalmente na riqueza do seu solo, que permitiu a venda de milhares de toneladas de metais e recursos preciosos aos vizinhos asiáticos; a inesgotável vontade chinesa de encontrar recursos facilmente disponíveis para alimentar a indústria sustentou as exportações australianas e criou uma relação simbiótica com efeitos muito positivos para ambas as economias.
No entanto, avisa a CNN, a economia australiana vai precisar de encontrar alternativas devido à queda súbita dos preços das matérias-primas nos mercados internacionais e devido ao abrandamento económico chinês.
Em resposta ao novo paradigma, o banco central da Austrália desceu as taxas de juro para tornar o dólar australiano menos valioso e as exportações mais competitivas e o governo aumentou o investimento público, proporcionando um crescimento interessante da economia no segundo trimestre de 2016.