Acionistas aprovam recuperação judicial da operadora Oi
Os acionistas da operadora brasileira Oi aprovaram hoje em assembleia-geral, no Rio de Janeiro, o processo de recuperação judicial da empresa.
© Reuters
Economia Brasil
Segundo informações publicadas pelo jornal Valor Económico, o empresário Nelson Tanure, que está no comité de investimentos da gestora Bridge, dona de cerca de 6% da Oi, defendeu a aprovação por unanimidade da recuperação judicial da empresa, mas opôs-se à participação da Bratel BV na votação, maior acionista individual da Oi que é controlada pela Pharol.
O jornal O Estado de São Paulo também frisou que o encontro foi marcado por diversas discussões, referindo que alguns acionistas defenderam que a Bratel não votasse.
"Discussões de acionistas são naturais numa companhia de capital aberto", disse o diretor-presidente da Operadora Oi, Marco Schroeder.
No final, porém, a mesa da assembleia acabou por decidir pela participação da Bratel BV na votação, que foi favorável à recuperação.
O Valor Econômico destacou, ainda, que estiveram presentes na assembleia acionistas que representam 65,74% do capital social da Oi (82,89% do capital social com direito a voto e 10,22% do capital sem direito a voto).
Hoje o Conselho de Administração da empresa também se reuniu para discutir um pedido apresentado pelo acionista Societé Mondiale Fundo de Investimento em Ações que pediu a destituição dos administradores portugueses da operadora.
O acionista Societé Mondiale Fundo de Investimento em Ações propôs que sejam destituídos, entre titulares e suplentes, Rafael Mora, Nuno Vasconcellos, João Vicente Ribeiro, João Castro, Pedro Guterres, Luís Palha da Silva, Maria do Rosário Pinto Correia, André Navarro e Pedro Morais Leitão, todos da portuguesa Pharol, que detém 27,5% da Oi.
A Oi entrou com um pedido de recuperação judicial no passado dia 20 de junho, alegando não ter conseguido negociar a sua dívida de 65,4 mil milhões de reais (cerca de 18 mil milhões de euros).
No passado dia 29 de junho, a Justiça do Rio de Janeiro aprovou o pedido de recuperação judicial da companhia dando um prazo de 180 dias para que elabore um plano de recuperação e faça a discussão das propostas junto dos seus credores.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com