Adega de Rio Maior produz espumante vendido no Casino de Macau

Um espumante português que figura na carta do Grand Casino Lisboa, em Macau, é produzido em Rio Maior, numa pequena adega familiar à qual aquela unidade asiática compra toda a produção ainda antes de colhidas as uvas.

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Lusa
01/04/2013 10:24 ‧ 01/04/2013 por Lusa

Economia

Vinhos

Denominado ‘Ninfa’, em homenagem à ‘Ninfa Fontenária de Rio Maior’ - cuja estátua foi encontrada durante as escavações arqueológicas de uma antiga vila romana -, o espumante nasce no Alto da Serra e disputa preferências com vinhos italianos e franceses na carta do Grand Casino Lisboa, em Macau.

Distinguindo-se pela sua cor branco-salmonado "é um espumante bastante diferente do que é habitual em Portugal, feito só de Pinot Noir [uma casta francesa] de uvas tintas que nós produzimos aqui nas encostas da Serra dos Candeeiros, numa vinha onde tivemos a sorte de conseguir encontrar o terreno propício", explica João Barbosa, proprietário da Adega Porta da Teira.

À casta juntam-se o calcário da serra e a proximidade às salinas de Rio Maior para acentuar a cor e o sabor do espumante de "bolha muito fina e que transmite várias sensações sem agredir o palato", segundo o produtor, que apelida o "Ninfa" como "um espumante muito francês".

Muito francês, mas produzido bem à portuguesa numa adega onde as vindimas ainda são feitas com recurso a familiares e amigos, que se juntam para colherem as uvas que nascem nos seis hectares de vinha.

Destas saem produções anuais de cerca de 60 mil garrafas de vinhos tintos e brancos (alguns dos quais premiados internacionalmente) que, também sob a marca "Ninfa", são exportados para países como o Brasil, Angola, Canadá, Suíça, Alemanha e Holanda.

Quanto ao espumante, a produção cinge-se a 1,2 hectares de vinha, cuja colheita está antecipadamente vendida para Macau.

"Temos conseguido ir gerindo a nossa produção, não temos produzido mais do que 2.500 a 3.000 garrafas por ano, mas temos tido a sorte e a possibilidade de alguns clientes nos fazerem as reservas dos vinhos que gostariam de ter em maior quantidade, mas que nós não temos", sublinha João Barbosa.

Uma procura que leva o produtor e equacionar aumentar a produção, mas sem perder de vista o objectivo da empresa.

"Neste momento temos seis hectares de vinha em produção e, se tudo correr bem, havemos de chegar aos dez hectares, mas mais do que isso não, porque a nossa intenção não é produzir muito, é produzir muito bem", remata.

A Adega Quinta da Teira pertence à Sociedade Agrícola João Teodósio Matos Barbosa & Filhos, Lda., empresa familiar fundada em 1997 pelo descendente do fundador das caves D. Teodósio.

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