Faber Ventures procura capitai para reforçar investimento em startups

A Faber Ventures iniciou processos de angariação de capital para reforçar os atuais veículos de investimento e a criação de um fundo institucional, que pretende ativar dentro de um ano e permitirá criar um novo portfólio de 'startups' tecnológicas.

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Lusa
20/04/2016 09:17 ‧ 20/04/2016 por Lusa

Economia

Investimento

Criada em 2012, a Faber Ventures assume-se hoje como um veículo de investimento para 'startups' (empresas em início de atividade) tecnológicas, com cerca de nove milhões de capital comprometido, sendo a maior parte assegurada por investidores individuais e o restante pela Caixa Capital, enquanto parceiro institucional de investimento no veículo de 'seed capital' (capital semente) gerido pela Faber.

"O aumento do capital comprometido está neste momento em curso. Temos em curso dois processos de 'fundraising' [angariação de fundos] ", disse o fundador e administrador delegado da Faber Ventures, Alexandre Barbosa, em entrevista à Lusa.

Um dos processos está a ser lançado localmente, com o objetivo "aumentar o capital comprometido do atual veículo da Faber nos próximos meses", não só para acrescentar alguns novos investimentos ao portfólio, mas também para reforçar o investimento em rondas de 'follow on' (rondas subsequentes para crescimento) de algumas das empresas onde já investiram, assegurando assim capacidade de acompanhar investidores internacionais em coinvestimento.

"Pretendemos criar um novo veículo de 'follow on' nos próximos meses para acompanhar algumas participadas ao longo das suas rondas de série A/B (crescimento). Estamos a falar com alguns investidores institucionais, investidores individuais e empresas que se têm mostrado abertas e interessadas e que assim ainda podem beneficiar de participar no atual portfólio", disse Alexandre Barbosa.

Além deste, a empresa iniciou a nível internacional um outro processo de 'fundraising' para a criação de um segundo fundo "significativamente maior do que o atual", seguindo a mesma estratégia de investimento, mas com maior alcance geográfico e em termos de capacidade de 'follow on' das 'startups'.

"Esperamos reunir condições para ativar o novo fundo dentro de aproximadamente um ano. Pretendemos angariar capital com capacidade de criar um segundo portfólio de mais 25 a 30 empresas. Neste momento, temos 19 empresas no atual portfólio, que deverá fechar com 21 ou 22 este ano", antecipou Alexandre Barbosa.

O cofundador da Faber Ventures e o seu sócio alemão, Felix Petersen, estão "a iniciar contactos a nível internacional com fundos e 'family offices' (empresas de consultoria que ajudam uma empresa privada e famílias ricas a gerir o seu património) que já têm um histórico de investimento neste tipo de ativo de capital de risco e "têm mostrado interesse em olhar para a oportunidade de apoiar o projeto de criação de um operador de referência a partir da Ibéria".

A estratégia da Faber Ventures passa sobretudo pelo investimento nas fases iniciais das 'startups', com as chamadas rondas 'pre-seed' e 'seed', as primeiras destinadas à fase da ideia da empresa, num valor médio de até 200 mil euros, e as segundas quando a empresa já está lançada, tem os primeiros clientes e começa a dar provas no mercado, rondando o investimento entre os 750 mil euros e os 1,5 milhões de euros.

Também investe em 'post-seed', que apoia 'startups' na preparação da angariação da primeira ronda de capital de crescimento ('série A'), tipicamente liderada por investidores internacionais.

Além do investimento financeiro, a Faber Ventures apoia os empreendedores com aconselhamento e assessoria ao nível de produto (tecnologia, 'design') e negócio (estratégia de financiamento, 'marketing').

Entre os seus investimentos, conta com empresas como a Seedrs, a Unbabel, a Hole19, a Codacy, a Chic by Choice, a Zaask, a Liquid ou a Advicefront, cofundadas por empreendedores nacionais, ou a Gitter, a NomNom ou a Mainframe, por empreendedores internacionais.

A Faber Ventures tem coinvestimentos 'seed' com os principais investidores portugueses, como a Caixa Capital, a Shilling Capital Partners, sociedade de Business Angels, Portugal Ventures (sociedade pública de capital de risco), e internacionais, como a Index Ventures, White Star Capital, e investidores alemães.

Com uma equipa de 12 pessoas, dividas ente o eixo Lisboa-Londres (geografia estratégica para potenciar coinvestimentos com fundos em rondas de crescimento) e recentemente Berlim, a Faber Ventures tem um portfólio onde metade das empresas estão em Inglaterra, a outra metade em Portugal, uma delas na Alemanha e outra na Bélgica.

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