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"Quando entrei no banco disseram-me que não era preciso capital"

O ex-presidente do Conselho de Administração do Banif, Luís Amado, revelou hoje no parlamento que quando foi convidado para a liderança não executiva da entidade foi-lhe dito que o banco não precisava de aumentar o capital.

"Quando entrei no banco disseram-me que não era preciso capital"
Notícias ao Minuto

19:01 - 30/03/16 por Lusa

Economia Luís Amado

"Quando fui convidado para o banco foi-me dito que o banco nem precisava de capital", afirmou o responsável durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao Banif.

Luís Amado assumiu o cargo de 'chairman' (presidente não executivo) em março de 2012, mas alguns meses depois o cenário alterou-se e ficou claro que o banco ia precisar de uma injeção de capital.

"A surpresa foi maior à medida que percebia que o nível de capital necessário era muito mais exigente do que aquilo que inicialmente pensava", assumiu.

No início de 2013, menos de um ano depois de ter ocupado o cargo, Luís Amado viu o Estado injetar 1.100 milhões de euros no Banif (700 milhões de euros de capital e 400 milhões de euros em obrigações convertíveis).

O responsável estava a ser questionado pela deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que quis saber quem o convidou para o cargo no Banif, até porque o seu passado esteve sempre ligado à política, e não à banca.

"O convite foi-me feito pelos acionistas de referência do banco", revelou Luís Amado.

"Ser presidente do Conselho de Administração, não executivo, seja em que empresa for, com a minha experiência, é normal. Posso dizer que fui convidado para desempenhar funções não executivas na Caixa Geral de Depósitos [CGD] depois de sair do Governo. Não aceitei por se tratar de uma instituição pública", sublinhou.

E salientou: "Cessei um ciclo de 35 anos de funcionário público, achei que tinha o direito de tentar uma experiência no setor privado. Passados poucos meses confessei ao Dr. Jorge Tomé que 'viemos do Estado e vamos voltar ao Estado'".

Isto, em virtude da "degradação significativa do rácio de capital em apenas seis meses", reconhecida pelo responsável, que levou à entrada do Estado no capital do Banif, onde chegou a deter mais de 99% do capital.

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