Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMMV), a empresa adianta que a ação deu entrada hoje no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa e visa os três ex-administradores da PT SGPS, atual Pharol SGPS, pela "violação dos respetivos deveres legais e contratuais, nomeadamente o dever de submeter a aprovação prévia, pelo Conselho de Administração, a realização de aplicações em instrumentos de dívida emitidos por sociedades integrantes do Grupo Espírito Santo [GES], bem como o dever de implementar um sistema de controlo interno adequado à existência de aplicações com tal natureza".
A Pharol adianta que a "violação dos referidos deveres foi causa de prejuízos diversos, sendo 54.900.000,00 euros já apurados em virtude de os montantes investidos, ao longo do tempo, não terem sido aplicados no normal desenvolvimento do objeto social da Pharol, bem como de demais prejuízos a liquidar em execução de sentença".
Assim, "o Conselho de Administração dá cumprimento à deliberação da assembleia-geral" da empresa, de 31 de julho do ano passado, no prazo de seis meses legalmente previsto.
"Conforme anteriormente comunicado, não fica prejudicado o direito de a Pharol vir a responsabilizar outros administradores eleitos para o triénio 2012/2014 ou terceiros que, de alguma forma, tenham tido responsabilidade por danos causados à Pharol em consequência e/ou relacionados com investimentos em instrumentos de dívida emitidos por entidades integrantes do Grupo Espírito Santo", conclui.