China nega fraude estatística no crescimento económico

O vice-diretor do Gabinete Nacional de Estatísticas chinês qualificou hoje de "incompletos" os estudos que indicam que os dados oficiais sobre o crescimento da economia chinesa estão sobrevalorizados, num comunicado citado pela agência oficial Xinhua.

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© Reuters

Lusa
21/01/2016 10:21 ‧ 21/01/2016 por Lusa

Economia

PIB

Os números do Produto Interno Bruto (PIB) chinês são frequentemente questionados por observadores internacionais, que acusam Pequim de manipular os dados por razões políticas.

Por outro lado, algumas entidades apontam erros causados por aspetos técnicos na forma como as autoridades chinesas calculam a expansão da economia.

Xu Xianchun refere que o método utilizado por essas entidades, e denominado de Média Móvel Ponderada (WMA, na sigla em inglês), apenas contabiliza uma parte da produção industrial.

"O método WAM não produz dados acurados, porque apenas contabiliza alguns produtos, incluindo o carvão e ferro, e não reflete a melhoria na qualidade dos bens produzidos", lê-se na nota citada pela Xinhua.

Os estudos negativos também "subestimam o rápido desenvolvimento do setor dos serviços, incluindo o setor financeiro e a internet, resultado da melhoria da produtividade do trabalho", aponta.

A economia chinesa, a segunda maior do mundo, cresceu 6,9% em 2015, o ritmo mais lento dos últimos 25 anos, segundo dados revelados por Pequim esta semana.

Ao longo de 2015, a economia do "gigante" asiático continuou a abrandar progressivamente ao crescer 7%, no primeiro e segundo trimestre, 6,9% (terceiro) e 6,8% (quarto).

De acordo com dados do centro de pesquisa sediado em Londres Capital Economics, o crescimento no último quarto do ano fixou-se em 4,5%, enquanto a agência Bloomberg coloca o crescimento para o conjunto do ano em 6,8%, ligeiramente abaixo da estimativa oficial.

Xu argumenta que a China adequou este ano o seu sistema de contabilidade do PIB ao Special Data Dissemination Standard (SDDS), o mecanismo utilizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), visando maior transparência estatística.

O SDDS foi estabelecido em 1996 para guiar os países que pretendiam aceder aos mercados internacionais de capitais na disseminação de informação financeira.

"As práticas da China estão em linha com os padrões internacionais", defendeu Xu, argumentando que os dados extraídos pelas autoridades são aceites por organizações como as Nações Unidas, o Banco Mundial e o FMI.

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