Alibaba "acordou a compra do grupo editorial (SCMP) pelo valor de 2.060.600.000 dólares de Hong Kong", refere o comunicado enviado à bolsa de Hong Kong.
O gigante chinês da Internet Alibaba anunciou na sexta-feira que iria comprar o South China Morning Post (SCMP), garantindo que manterá a objetividade da publicação, face a receios de que poderá perder a sua voz independente.
A compra ocorre após semanas de especulação sobre o futuro do jornal publicado na região chinesa com administração especial, escrito em inglês, e de preocupação sobre se se tornará um porta-voz do Governo de Pequim.
A preocupação com a liberdade de imprensa em Hong Kong tem crescido após ataques a jornalistas, relatos de pressões das autoridades sobre os editores e uma cada vez maior autocensura.
O conceituado jornal foi fundado em 1903 e tem garantido aos leitores internacionais uma perspetiva interna de Hong Kong e da China, mas os lucros e as vendas têm sido afetados, nos últimos anos, por um declínio geral no setor.
A confiança dos leitores também caiu, com uma linha editorial mais favorável ao governo chinês a ser notada, quando dezenas de milhares de pessoas protestavam nas ruas, no ano passado, contra a interferência de Pequim.
Analistas defendem que a ligação ao Alibaba irá aumentar a presença na Internet do SCMP, mas pode piorar a sua independência editorial.