"A embaixada de França encerra as suas portas oficialmente em São Tomé e Príncipe, mas a França conserva as suas relações políticas e de cooperação" com o arquipélago, explicou Patrik Cohen, que falava à saída de um encontro com o chefe da diplomacia são-tomense, Manuel Salvador dos Ramos, a quem apresentou cumprimentos de despedida.
"A situação das finanças francesa é delicada e será a embaixada de França em Libreville que irá seguir as questões políticas em São Tomé e Príncipe", acrescentou o diplomata francês.
Durante mais de 30 anos a cooperação franco-são-tomense destacou-se sobretudo nas áreas da educação, particularmente na formação de quadros, cultura, agricultura, e financiou vários programas de redução da pobreza através da Agencia Francesa para o Desenvolvimento (AFD).
Patrik Cohen estava em São Tomé desde setembro de 2012.
Com o encerramento da missão diplomática francesa, o governo francês decidiu nomear para breve um cônsul honorário, ficando as questões culturais e do ensino de língua francesa a cargo da Aliance Française.
As instalações que albergaram durante mais de 30 anos a missão diplomática francesa na capital são-tomense foram entregues ao governo.
Segundo Patrik Cohen, a crise financeira obrigou a França a reduzir a sua presença em países com os quais o nível de cooperação não justifica manter o funcionamento de uma embaixada, estando São Tomé e Príncipe dentro deste grupo.