"Dívida portuguesa é gerível. É uma questão de nós querermos"

“Tenho muita vergonha em não pagar aquilo que devo”, diz o economista.

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Goreti Pera
01/07/2015 23:57 ‧ 01/07/2015 por Goreti Pera

Economia

Campos e Cunha

Luís Campos e Cunha vincou, numa entrevista concedida à RTP Informação, que “a dívida portuguesa [entre os 127 e os 128% do PIB] é gerível. É uma questão de nós querermos”.

Para se justificar, o economista comparou o caso português com a situação que a Bélgica atravessou no final do seculo XX: “Chegou a ter uma dívida de 140% do PIB e chegou a pagar 12% do PIB em juros de dívida pública. Nós no ano passado pagámos 5% e fomos o país que pagou mais. Neste momento, a divida pública belga está abaixo dos 100”.

O antigo ministro das Finanças do governo de José Sócrates não se coloca, portanto, ao lado das personalidades portuguesas que defenderam, no Manifesto dos 74, a renegociação da dívida.

“Foi o único momento, ao longo dos quatro anos, em que estive 100% ao lado do Governo. O Governo geriu bem, nem quis sequer discutir o assunto”, explicou, dizendo: “Tenho muita vergonha em não pagar aquilo que devo”.

Em todo o caso, não deixou de assumir que “era evidente que era melhor ter metade da dívida, mas para isso não devíamos ter feito as loucuras que fizemos de 2000 a 2010”.

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