Meteorologia

  • 02 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 10º MÁX 17º

"Despesa social é uma forma de compra de voto"

Opinião é do comentador Henrique Medina Carreira.

"Despesa social é uma forma de compra de voto"
Notícias ao Minuto

22:46 - 20/04/15 por Notícias Ao Minuto

Economia Medina Carreira

Henrique Medina Carreira disse, esta segunda-feira no programa ‘Olhos nos Olhos’, da TVI24, que o “Estado gasta aquilo para o qual a economia não chega”.

“A economia não pode gerar 50 e o Estado gastar 100”, referiu, frisando que a “se a economia não produz, então não podemos gastar” que é, aliás, o que “acontece em casas honradas”.

Contudo, por haver “pessoas que acham que não é que fomos arrastados para onde estamos”.

Falando sobre a despesa social, Medina Carreira afirmou que é uma “forma de compra de voto” porque as “pessoas votam em grande parte por causa do dinheiro que o Estado dá”.

Assumindo que se trata de um problema de todos os governos e optando por não distinguir partidos, o jurista lembrou que “os partidos foram sempre dilatando a despesa social para comprar, entre aspas, votos”.

Nesta senda, o comentador da TVI mostrou alguns gráficos que mostravam a evolução da despesa total e da despesa social do Estado relativamente ao Produto Interno Bruto (PIB) português.

Nas imagens via-se que em 1960 a despesa total do Estado era de 15% do PIB, uma época em que o Estado “não tinha tantas obrigações e a economia funcionava relativamente bem”.

“O grande salto deu-se de 1970 para 1980 e em 2010 já era de 52%”, afirmou, explicando que “para termos contas saudáveis a despesa não deve exceder os 43% do PIB”.

Ainda lendo os gráficos, o comentador frisou que “foi a despesa social que impulsionou em grande parte a despesa total”, pormenorizando: as despesas com a Segurança Social e a Caixa Geral de Aposentações cresceram. “sobretudo desde 1990”. apresentando, em 2010, um valor de 19,6% do PIB.

E este crescimento, referiu, está ligado ao aumento do número de pensionistas, que “quase duplicou em 30 anos”, e também ao facto de a economia ter diminuído enquanto a despesa subia.

“O meu problema é que os portugueses se convençam que é inevitável mexer. O nosso grande problema é a economia. Nós não temos economia, o que torna inútil todo o tipo de políticas que se queira inventar”, disse.

Antes de concluir, Medina Carreira sublinhou que o “problema é de economia e não de política”.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório