Uma eventual lista VIP de contribuintes é algo “gravíssimo”, “típico de regimes ditatoriais”, disse à Antena 1 José Silva Peneda.
O presidente do Conselho Económico e Social espera que o inquérito seja célere porque “é este tipo de coisa que mina a confiança das pessoas”.
Comentando a situação atual da economia portuguesa, Silva Peneda considera que os bons resultados não se devem ao programa da troika, mas sim à desvalorização do euro, à baixa do petróleo e à intervenção do Banco Central Europeu (BCE) nas taxas de juro.
Quanto à relação de Pedro Passos Coelho com o Fisco, Silva Peneda afirma ser “um caso político, que o maior partido da oposição já encerrou, e eu também entendo que sim”.
A Grécia foi outro dos temas em foco nesta entrevista à Antena 1. “O cenário da saída do euro ainda está de pé”, considera o presidente do Conselho Económico e Social, sublinhando que será "muito mau para Portugal”, caso não se chegue a um entendimento.
“Há quem não esteja a perceber o filme grego, há quem pense que se trata só de dinheiro”, mas, acrescenta, "entendendo é preciso olhar o caso grego como um problema geoestratégico".