A Grécia conseguiu na passada sexta-feira pôr fim a várias semanas de incerteza sobre qual o seu futuro. Conseguindo um acordo de extensão da assistência financeira ao país, ainda que apenas por quatro meses, Varoufakis ganhou algum tempo para voltar, mais tarde, à mesa de negociações.
Porém, dentro do próprio partido do ministro das Finanças grego há quem discorde da opção tomada. Manolis Glezos, ícone da resistência anti-nazi e do Syriza diz que o povo grego participou numa “ilusão”, dado que o novo governo helénico prometeu algumas coisas ao povo do seu país que está já a abandonar.
"Peço desculpa ao povo grego porque participou na ilusão", diz Glezos, de 92 anos, citado pelo Expresso, reagindo ao acordo assinado por Yanis Varoufakis, em Bruxelas, com o Eurogrupo na sexta-feira passada. "Antes que seja tarde, vamos reagir", apelando aos militantes do Syriza para "em reuniões extraordinárias decidirem se aceitam a presente situação".
"A mudança do nome da 'troika' para 'instituições', do 'memorando' por 'acordo' e dos 'credores' por 'parceiros' não altera nada a realidade anterior", assinalou Glezos.
A opinião foi partilhada num artigo publicado este domingo no blogue kinisienergoipolites.