Do ex-banqueiro Ricardo Salgado e do antigo contabilista da Espírito Santo International (ESI) Francisco Machado da Cruz os partidos reclamam relatórios e contas da ESI desde 2005, a evolução do passivo da entidade desde o mesmo ano e os fluxos de tesouraria da mesma desde então, por exemplo.
PSD e CDS-PP querem também que Salgado e Machado da Cruz, mas também o responsável da tesouraria do BES, José Castella, e o administrador da ES Services Pierre Butty apresentem informações sobre "eventuais relações com o BES Angola (BESA) e explicitação dos montantes envolvidos".
A maioria pede ainda novos dados ao atual BES, ao presidente do mesmo, Luís Máximo dos Santos, e ao Novo Banco, nomeadamente números indicativos do volume de depósitos e da evolução do crédito a empresas e particulares.
A comissão de inquérito teve a primeira audição a 17 de novembro passado e tem um prazo total de 120 dias, que pode ser alargado.
Na sexta-feira é votado em plenário precisamente a prorrogação dos trabalhos por mais 60 dias.
Os trabalhos dos parlamentares têm por intuito "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".