"O total de financiamento é de 200 milhões de euros e o montante máximo a emprestar a cada empresa é de 7,5 milhões de euros, com a maturidade a poder estender-se até aos 10 anos, um prazo interessante e favorável para apoiar os projetos de investimento das empresas", realçou o presidente do Banco BPI, Fernando Ulrich, na cerimónia de assinatura do acordo.
Nesta linha de crédito, o FEI garante metade do risco dando "maior capacidade de financiamento ao BPI", conforme reconheceu Ulrich, que apontou para a possibilidade de apresentar "condições de preço mais favoráveis para as empresas".
Não há 'spreads' fixos, "há escalões diferentes, consoante o 'rating' de cada empresa e o âmbito dos projetos", sublinhou o gestor.
O comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, esteve presente na cerimónia, em Lisboa, tendo considerado que o dia de hoje "é de certa forma um dia histórico", já que o acordo firmado com o BPI é a primeira operação do InnovFin em Portugal e a segunda assinada a nível europeu.
Moedas destacou que esta linha surge no âmbito do Horizonte 2020, "o maior programa do mundo de ciência, investigação e inovação, que ascende a 80 mil milhões de euros", e que dedicou a estes projetos quase 3 mil milhões de euros.
E realçou: "Estes três mil milhões de euros vão-se multiplicar para chegar a 25 mil milhões de euros, mas esperamos que a contribuição de privados leve a 50 mil milhões de euros", seguindo a mesma lógica do 'plano Juncker de envolvimento de capitais públicos e privados.
Segundo Moedas, o BPI é "um banco que está na linha da frente, sem medo de apostar no futuro".
Por seu turno, o diretor executivo do FEI, Pier Luigi Gilibert, considerou que este acordo permitirá que a entidade e o BPI apoiem "ainda mais empresas inovadoras nos próximos dois anos".