Garantia de Angola nunca foi "associada" a problemas no BESA

O Banco de Portugal (BdP) disse hoje que a garantia estatal de 5,7 mil milhões de dólares dada ao BES Angola (BESA) nunca foi associada especificamente ao banco, mas à cobertura de perdas na carteira de crédito.

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Lusa
10/12/2014 22:41 ‧ 10/12/2014 por Lusa

Economia

Banco de Portugal

"Em nenhum momento esta garantia se alicerçou ou foi associada a problemas específicos do próprio BESA", salientou o supervisor numa carta enviada ao presidente da comissão de inquérito parlamentar ao caso BES, o deputado do PSD Fernando Negrão.

O regulador adianta que, "no início de janeiro de 2014, o BES informou o Banco de Portugal (BdP) que o Estado Angolano tinha prestado, em 31 de dezembro de 2013, uma garantia autónoma a favor do BESA, da qual foi entregue uma cópia, com um valor de 5,7 mil milhões de dólares [4,3 mil milhões de euros], destinada a cobrir eventuais perdas na carteira de crédito e de imóveis".

A entidade liderada por Carlos Costa acrescentou que "os termos e fundamentos da garantia diziam respeito à necessidade de apoiar um conjunto de entidades empresariais angolanas, constituído por micro, pequenas e grandes empresas, cujas operações apresentavam significativa importância para a implementação dos objetivos definidos para o plano de desenvolvimento de Angola para 2013-2017".

O supervisor reagiu hoje (tal como fizera na véspera) às declarações prestadas por Ricardo Salgado, líder histórico do BES, terça-feira no parlamento, numa audição que durou mais de 10 horas.

Quanto à queda da marca Espírito Santo, que também foi criticada por Salgado na sua audição na comissão parlamentar, na terça-feira, o BdP explicou que as regras comunitárias relativas à intervenção pública nos bancos ditam o "compromisso de descontinuar a utilização da marca BES/Banco Espírito Santo".

O BdP diz ainda que não obrigava o BES a fazer um aumento de capital em 48 horas, como Salgado acusou, mas sim à apresentação de um plano para a sua concretização.

 

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