Os preços do petróleo subiram 4% no início das negociações das bolsas asiáticas de segunda-feira, antes de limitarem a sua subida, por receios de perturbações no abastecimento devido à guerra entre o Irão e Israel.
Os preços subiram depois de os ataques norte-americanos que visaram no fim de semana centrais nucleares iranianas e das ameaças de retaliação de Teerão terem provocado receios.
No início do dia, o barril de petróleo WTI americano subia 2,53% para 75,71 dólares, depois de ter ultrapassado os 77 dólares, enquanto o barril de petróleo Brent do Mar do Norte subia 2,42% para 78,87 dólares, depois de ter ultrapassado os 81 dólares, o seu nível mais elevado dos últimos seis meses.
Israel tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.
O Irão tem repetidamente negado o desenvolvimento de armas nucleares e reivindica o direito a realizar atividades nucleares pacíficas.
Os ataques de Telavive destruíram infraestruturas nucleares do Irão e mataram altos comandos militares e cientistas iranianos que trabalhavam no programa nuclear.
Teerão tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas e várias instalações militares espalhadas pelo país.
Na noite de sábado para domingo os Estados Unidos envolveram-se militarmente no conflito, com recurso a aviões bombardeiros B-2, que, segundo o Pentágono (Departamento de Defesa), conseguiram "eliminar" as ambições nucleares do Irão.
Os ataques "terão consequências eternas", garantiu o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, afirmando que Teerão mantém em aberto "todas as opções para defender a sua soberania, os seus interesses e o seu povo".
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