População empregada no Norte atingiu os 1,77 milhões em 2024

A população empregada no Norte atingiu os 1,77 milhões em 2024, correspondendo a um acréscimo líquido de 230 mil postos de trabalho, sendo a região portuguesa que criou mais empregos desde 2011, foi hoje anunciado.

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© Hakan Nural/Anadolu via Getty Images

Lusa
12/06/2025 15:51 ‧ ontem por Lusa

Economia

Emprego

Os dados constam do Boletim Norte Conjuntura, elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), que tem como tema "O mercado de trabalho do Norte (2011-2024)".

 

"Entre 2011 e 2024, o mercado de trabalho do Norte evidenciou uma recuperação sólida, sustentada pelo crescimento do emprego, mas também por uma transformação estrutural da região assente no reforço das qualificações, configurando um novo paradigma de desenvolvimento socioeconómico na região", destaca o estudo.

De acordo com o estudo, a população empregada no Norte atingiu o valor de 1,77 milhões em 2024, o que corresponde a um acréscimo líquido de 230 mil postos de trabalho face a 2011 e a um crescimento acumulado de 14,9%.

"O Norte foi a região portuguesa que mais criou empregos nesse período, seguido pela Grande Lisboa (mais 180 mil) e pela Península de Setúbal (mais 70 mil), salienta ainda o estudo.

O boletim revela um emprego mais qualificado, com o número de pessoas empregadas com ensino superior no Norte a aumentar 107,3%, passando de 275,5 mil para 571,1 mil, e os empregados com escolaridade até ao 3.º ciclo do ensino básico a diminuir 32,7%, de 971,5 mil para 653,4 mil.

De acordo com o documento, o Norte perdeu 99,7 mil empregos no grupo etário dos 16 aos 44 anos, enquanto a população empregada entre os 45 ou mais anos aumentou em 329 mil.

Apesar da queda do emprego no segmento dos 16 aos 44 anos, o número de pessoas empregadas com ensino superior neste grupo etário aumentou de 205,5 mil para 340,8 mil.

No mesmo período, o emprego no setor de serviços no Norte cresceu 30,4%, evoluindo de 888,5 mil para 1.158,2 mil pessoas empregadas, o que resultou na criação líquida de 269,7 mil postos de trabalho.

Em contrapartida, as indústrias transformadoras mantiveram praticamente o nível de emprego, enquanto o setor primário registou uma redução acentuada de 24,6, com a eliminação de 14.900 postos de trabalho.

Relativamente aos salários, as remunerações médias líquidas dos trabalhadores por conta de outrem no Norte aumentaram de 751 para 1.081 euros, refletindo um crescimento real de 14,9%.

O aumento foi mais expressivo entre os trabalhadores com escolaridade até ao 3.º ciclo do ensino básico, que viram os seus salários líquidos subir de 598 para 848 euros.

Em contraste, os diplomados com ensino superior registaram uma subida salarial mais modesta, de 1.299 para 1.451 euros, o que se traduziu numa perda real de 10,9% no poder de compra.

O estudo evidencia ainda que, no Norte, foram criados 147,7 mil empregos femininos e 82,3 mil empregos masculinos, reforçando a proporção das mulheres no total da população empregada, passando de 46,2% para 48,6%.

De acordo com o boletim, os contratos de trabalho estão mais estáveis aumentando a proporção de trabalhadores por conta de outrem com contrato sem termo, que passou de 79,6% para 85,3% do total.

Paralelamente a este cenário evolutivo, a taxa de desemprego no Norte diminuiu de 14,0% para 6,5%, aproximando-se do "limiar do pleno emprego", uma redução que foi transversal a todos os grupos etários, mas especialmente acentuada entre os jovens (dos 16 aos 24 anos) e entre os menos qualificados.

Leia Também: Pedidos de subsídio de desemprego nos EUA atingem 248.000

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