Os cortes afetam uma divisão sediada nas cidades de Xangai e Dalian, responsável pela prestação de serviços informáticos a operações do Citigroup em mais de 20 países.
Segundo informou o banco, alguns dos postos de trabalho serão relocalizados para outros países, "para ficarem mais próximos dos negócios e produtos que apoiam", sem, no entanto, revelar números ou destinos concretos.
A instituição financeira indicou ainda que o processo deverá estar concluído "no início do quarto trimestre".
"Apesar de ainda haver trabalho a fazer, muitos dos nossos esforços permitiram melhorar a eficiência da nossa forma de operar, da nossa força de trabalho e da presença global em termos de infraestruturas", afirmou Marc Luet, responsável do Citi para o Japão, norte da Ásia e Austrália, citado pelo Financial Times.
O banco, que mantém presença na China continental desde 1902, garantiu que a decisão não terá impacto nas operações bancárias da sua subsidiária chinesa, com sede em Xangai, nem na equipa tecnológica baseada em Cantão, que continua a prestar serviços à China continental e a Hong Kong.
Terceiro maior banco dos Estados Unidos em termos de ativos, o Citigroup tem procurado resolver desafios operacionais e de rentabilidade persistentes através de uma reestruturação profunda, que incluiu o despedimento de milhares de trabalhadores e uma simplificação da estrutura de gestão.
Marc Luet sublinhou ainda que o Citi "continua empenhado em avançar com a criação de uma empresa de valores mobiliários e futuros totalmente detida pelo grupo na China". Nos últimos anos, várias instituições financeiras estrangeiras têm tentado obter controlo total das suas operações no país, apesar do contexto económico e geopolítico desfavorável.
Este corte representa um dos maiores despedimentos registados entre grupos financeiros estrangeiros na China nos últimos anos, e reflete uma tendência crescente de redução de quadros na área tecnológica.
Em outubro, a Fidelity International procedeu ao corte de cerca de 500 postos de trabalho em Dalian. Já a IBM anunciou, no verão passado, a eliminação de mais de mil posições no mercado chinês.
Estes despedimentos inserem-se também num contexto mais alargado de redução de efetivos, motivado pela fraca dinâmica nas operações de fusões e aquisições e pelo abrandamento da economia chinesa. De acordo com dados compilados pelo Financial Times, com base nos relatórios anuais das subsidiárias locais, os bancos ocidentais reduziram em 13% a sua força de trabalho na China em 2023.
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