Segundo disse à Lusa fonte próxima do processo, o relatório foi adendado para propor aos credores uma solução concreta para o futuro da Inapa em Portugal, que passará pela venda do projeto a um investidor nacional, que permitirá garantir a sua manutenção.
Os credores deverão aceitar a proposta em causa, que soluciona os problemas em torno da Inapa, sendo que o grupo continuará a laborar normalmente.
Segundo o anúncio da sentença, publicado no Citius, em fevereiro, a reunião de assembleia de credores para apreciação do relatório do administrador da insolvência foi agendada para as 10:30 de hoje, podendo "ser aprovado plano de insolvência, com vista ao pagamento dos créditos sobre a insolvência, a liquidação da massa e a sua repartição pelos titulares daqueles créditos e pelo devedor".
Podem apresentar proposta de plano de insolvência o administrador da insolvência, o devedor, qualquer pessoa responsável pelas dívidas da insolvência ou qualquer credor ou grupo de credores que representem um quinto do total dos créditos não subordinados reconhecidos na sentença de graduação de créditos.
Em julho do ano passado, a 'holding' Inapa IPG anunciou a insolvência devido a uma "carência de tesouraria de curto prazo" da sua subsidiária Inapa Deutschland GmbH no montante de 12 milhões de euros, para a qual não foi encontrada solução.
Fundado em 1965 e líder em Portugal na distribuição de papel e embalagens, o grupo Inapa tem como principal acionista a empresa pública Parpública, com 44,89% do capital social.
Em agosto, as Finanças demitiram a administração da Parpública, liderada por José Realinho de Matos, e escolheram Joaquim Cadete para lhe suceder.
A saída foi justificada com a existência de uma postura mais reativa do que preventiva da administração, bem como com a falta de prestação de informação atempada ao ministério, segundo o Jornal de Negócios.
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