Lobo Xavier compreende saída e defende alienação rápida

O advogado António Lobo Xavier defendeu hoje uma alienação rápida do Novo Banco e disse compreender a saída da administração, já que foi convidada para "reconstruir um banco", uma missão diferente da imposta pelo modelo de resolução.

Lobo Xavier diz que "sem consenso" reforma do IRC "tem os dias limitados"

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Lusa
13/09/2014 20:47 ‧ 13/09/2014 por Lusa

Economia

Novo Banco

O especialista em Direito Fiscal e antigo dirigente do CDS-PP falava aos jornalistas à margem da sua participação na "escola de quadros" centrista, a ´rentrée' do partido, que decorre em Peniche.

"Eles queriam reconstruir um banco, este modelo de solução de problema do BES é mais um modelo de alienar o banco ou os ativos do banco", afirmou, sublinhando comungar da necessidade de uma "alienação rápida do banco".

Igualmente rápida deve ser a nomeação de uma nova administração, em sintonia com o "espírito do modelo" encontrado para o Novo Banco, defendeu Lobo Xavier.

"Não é bom, isto não é mais um momento bom. Ainda não estamos a ver momentos bons relativamente ao assunto BES, isto também não é bom", disse.

O advogado disse ter a certeza que aquilo que os administradores "dizem no comunicado é aquilo que pensam".

"Foram convidados para assumir a administração do banco numa situação determinada em que não se tinham ainda verificado os eventos graves nem as verificações contabilísticas graves que depois vieram a suceder e também tinham sido convidados num momento em que não tinha atuado este esquema de resolução articulado entre Governo e o Banco de Portugal", disse.

"Foram convidados para uma coisa diferente, percebo que por razões de brio profissional tenham procurado estabilizar o banco mas que quando acharam o banco estabilizado, achem melhor que outros, preparados para a função que o Banco de Portugal e o Governo efetivamente querem, assumam essa função", acrescentou.

A equipa de gestão do Novo Banco liderada por Vítor Bento confirmou hoje, em comunicado, que durante a semana apresentou ao Fundo de Resolução e ao Banco de Portugal a intenção de renunciar aos cargos desempenhados na administração da entidade.

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