Por volta das 11h00 locais (03h00 em Lisboa), as ações da empresa estavam a valorizar 24,7%, para os 48,2 dólares de Hong Kong (4,53 euros), na bolsa de Hong Kong, o seu valor mais alto deste 01 de agosto de 2023.
A operação, avaliada em cerca de 22,8 mil milhões de dólares (21,63 mil milhões de euros), abrange a participação de 80% da CK Hutchison noutras filiais que detêm e exploram 43 portos em 23 países, mas exclui os terminais dos portos chineses e de Hong Kong.
O acordo surge após meses de pressão do novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para recuperar a via navegável interoceânica, em resposta à alegada influência chinesa no Canal do Panamá, embora o codiretor executivo da CK Hutchison, Frank Sixt, tenha distanciado a decisão dessa pressão.
"Gostaria de sublinhar que a transação é de natureza puramente comercial e não tem qualquer relação com as recentes notícias políticas sobre os portos do Panamá", disse Sixt no mesmo comunicado em que anunciou a venda.
A CK Hutchison, atualmente avaliada em cerca de 23,4 mil milhões de dólares (22,068 mil milhões de euros), detinha desde 2015 a Panama Ports Company (PPC), que explora o porto de Balboa, no Pacífico, o segundo porto de contentores mais movimentado do país, e o porto de Cristobal, no Atlântico, o quinto mais movimentado.
O grupo é propriedade de Li Ka-shing, que aos 96 anos continua a ser considerado o homem mais rico da antiga colónia britânica, o oitavo da Ásia e o 38.º do mundo, com uma fortuna avaliada pela revista Forbes em cerca de 38.300 milhões de dólares (36.120 milhões de euros).
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