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Maria Luís diz que contas são transparentes

A ministra das Finanças considerou que a flexibilidade orçamental é já uma realidade e garantiu que o Orçamento é hoje transparente, ao mesmo tempo que desafiou os partidos para um debate no parlamento sobre a dívida.

Maria Luís diz que contas são transparentes
Notícias ao Minuto

17:01 - 06/09/14 por Lusa

Economia ministra das Finanças

Ao longo de quase duas horas e meia, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque deu hoje uma autêntica ‘aula’ na Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide até domingo, onde falou sobre a situação portuguesa, as políticas europeias, o papel do Banco Central Europeu, entre muitos outros assuntos.

Numa perspetiva mais global, Maria Luís Albuquerque começou por se referir à atuação do Banco Central Europeu, considerando que o que Mário Draghi está a fazer "é comprar tempo à Europa", garantindo que há dinheiro suficiente na economia.

Esse período, que "não pode ser eterno", tem de ser aproveitado, a janela tem de ser usada para fazer reformas estruturais, tal como Portugal tem conseguido fazer por "mérito próprio".

"A janela não pode ser aproveitada para empurrar com a barriga", advogou.

Porque, continuou, "vai haver um novo ciclo de crescimento, não sabemos exatamente quando, como, não será provavelmente um caminho sem sobressaltos, mas haverá certamente um novo ciclo de crescimento e temos de estar preparados para o enfrentar".

Apontando a conciliação das expetativas das pessoas no curto prazo com aquilo que deve ser "a âncora no prazo mais longo", como "o desafio mais difícil", a ministra das Finanças voltou a referir a consolidação orçamental e a redução da dívida como "objetivo prioritário".

A este propósito, a ministra das Finanças recusou as críticas à falta de flexibilidade orçamental, considerando que lendo as regras se conclui que essa flexibilidade existe,

"A ideia de que as regras são rígidas, que são imposições que não têm em conta a realidade simplesmente não é verdadeira, lendo as regras essa flexibilidade existe", defendeu, reconhecendo ter alguma dificuldade em perceber a noção de falta de flexibilidade advogada por alguns, quando por exemplo, Portugal continua a pertencer ao Euro e nunca teve um défice abaixo de 3%.

"Há um critério que Portugal nunca cumpriu, nunca tivemos um défice abaixo de 3%", enfatizou.

Ainda a respeito da consolidação orçamental, a ministra das Finanças lamentou as visões mais pessimistas, considerando que as críticas não são justas, porque "fez-me muitíssimo em termos de matéria de consolidação orçamental".

Pois, relatou, ao contrário do que acontecia em 2011 e 2012, quando as "surpresas era permanentes", com dívidas e atrasos de pagamentos "escondidos algures".

"Hoje posso dizer, sendo certo que as surpresas são coisas que não se antecipam por definição, tenho uma grande confiança de que não há margem para surpresas de grande dimensão a esse nível", disse, assegurando que tudo está "muito mais espelhado nas contas" e que não se espera que ‘saltem’ coisas "dentro de caixas, armários e gavetas".

"Agora está tudo dentro, claro que isso fez crescer a dívida e o défice, mas está identificado, conhecido, registado, transparente. Está limpo, que foi aquilo que nós não encontrámos", frisou.

A propósito de uma questão colocada por um dos alunos da Universidade de Verão, a ministra das Finanças aproveitou ainda para fazer um desafio aos partidos para um debate no parlamento sobre a dívida, onde cada um apresentasse as suas soluções de forma estruturada e com exemplos do que outros países fizeram.

"Não somos menos que nenhuma nação da Europa", sublinhou, assegurando que há sempre soluções.

Contudo, advertiu, "não há soluções mágicas" e que não obriguem a passar por situações difíceis.

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