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GES emitiu dívida de cinco mil milhões de euros antes de falir

O Grupo Espírito Santo emitiu uma dívida de cinco mil milhões de euros, mas este valor está a ser examinado pelos reguladores financeiros portugueses, que estão a tentar determinar a sua legalidade, segundo a agência noticiosa Reuters.

GES emitiu dívida de cinco mil milhões de euros antes de falir
Notícias ao Minuto

22:31 - 25/08/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Semestre

O Grupo Espírito Santo (GES) emitiu cinco mil milhões de euros de dívida no primeiro semestre, antes de entrar em falência, avança a Reuters, que cita fontes com conhecimento da operação.

“A dívida era vendida através de um complexo esquema transatlântico envolvendo empresas no Panamá e na Europa”, segundo as fontes que acrescentaram que “muito da dívida do Banco Espírito Santo e dos seus clientes, aceleraram as condições que levaram a que o banco fosse resgatado pelo Estado no início deste mês”, diz a agência.

Este esquema de financiamento está a ser examinado pelos reguladores financeiros portugueses, que estão a determinar a sua legalidade. E foi montado para reembolsar os clientes do BES que tinham adquirido a dívida de muito curto prazo de empresas do GES. Em 2013, a dívida de curto prazo foi vendida por 1,7 mil milhões de euros.

Mas “sob pressão para reembolsar os clientes do banco, as empresas do GES criaram uma nova dívida para um valor total de cinco mil milhões de euros”, revela a Reuters.

Apesar dos detentores destes títulos terem de esperar até 40 anos para serem reembolsados, uma taxa de juro de 7% “compensava a "espera” e as obrigações também foram emitidas com um “grande desconto”.

A primeira dívida vendida foi ao ES Bank Panama (ESBP), propriedade da Espírito Santo Financial Group, que depois transferiu as obrigações para outra empresa relacionada com a família Espírito Santo. “A dívida era depois reagrupada em dívida com maturidades mais curtas que o original de 40 anos, e era então vendida aos clientes do BES”, garantem as fontes.

Para transformar a dívida de longo prazo em dívida de curto prazo, o GES usava veículos financeiros, que são usados para isolar uma empresa dos riscos de deter dívida nos seus balanços.

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