Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BES informa que, "no dia 6 de agosto, a Baros, S.à.r.l. comunicou que deixou de deter uma participação qualificada no BES e que, a 31 de julho de 2014, deixou de deter ações do BES".
"Assim, a partir daquela data, a Baros, S.à.r.l. passou a deter 0% do capital social e dos direitos de voto do BES", acrescenta o comunicado hoje divulgado.
No dia 28 de julho, a Baros adquiriu, numa transação fora de bolsa ("over the cuonter"), 120.725.000 ações e direitos de voto do BES, representando 2,15% do capital social do banco.
As ações do BES foram hoje excluídas do PSI20, continuando os títulos no índice geral, mas suspensos de negociação, ficando assim o principal índice da bolsa portuguesa reduzido a apenas 18 cotadas.
A decisão da Nyse Euronext, a gestora da bolsa portuguesa, aconteceu depois de no domingo, 03 de agosto, o Banco de Portugal ter tomado o controlo do BES, que foi extinto nesse dia tal como era conhecido até então. As ações do BES saem do PSI20 a zero euros (0,00Euro), valor tido como preço de referência para cálculos de carteira.
Apesar de só agora saírem do PSI20, as ações do BES estão suspensas de negociação já há mais de uma semana, desde sexta-feira 01 de agosto, numa decisão tomada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Os dias que antecederam a decisão do regulador do mercado foram de grande volatilidade para as transações do banco fundado pela família Espírito Santo e, só nos 42 minutos antes da suspensão de negociação, foram comercializadas 83 milhões de ações do banco.
O elevado volume e a intensa volatilidade de negociações de ações do BES nessa sexta-feira já levou a CMVM a abrir uma investigação para saber se houve fugas de informação.