Segundo dados do Banco de Portugal (BdP), a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares caiu em junho 0,06 pontos percentuais, em cadeia, embora tenha continuado acima dos 1,58% registados no mesmo mês do ano passado.
Assim, a remuneração média pelos bancos portugueses atingiu o valor mais baixo desde setembro de 2023 (2,29%), depois de em dezembro ter atingido um máximo de 12 anos de 3,08%.
No sexto mês do ano, o montante de novos depósitos a prazo de particulares atingiu 10.061 milhões de euros, o equivalente a um recuo de 545 milhões de euros em cadeia, apesar da subida de 30,2% em termos homólogos.
"Apesar desta redução, o montante de novas operações manteve-se elevado, à semelhança do que aconteceu nos dois meses anteriores", refere o BdP em comunicado.
Segundo o banco central, este facto "resulta, em grande medida, da reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, e que atingiram a maturidade em junho sem renovação automática".
Por prazos, a taxa de juro média dos novos depósitos com prazo até um ano baixou 0,07 pontos percentuais (p.p.) entre maio e junho, para 2,68%. Apesar da redução, esta "continuou a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e representou 96% dos novos depósitos em junho".
Já a remuneração média dos novos depósitos a mais de dois anos baixou em cadeia de 1,97% para 1,59%, ao passo que nos depósitos entre um e dois anos a taxa de juro média subiu de 2,16% para 2,22%.
No quadro europeu, a média também registou uma queda equivalente de 0,06 p.p. em junho, fixando-se em 3,03%.
Portugal passou para a sexta posição entre os países com a taxa de juro média mais baixa, atrás de Grécia, Eslovénia, Chipre, Croácia e Espanha.
Junto das empresas, a remuneração média para depósitos a prazo passou de 3,30% em maio, para 3,27% em junho, tendo os novos depósitos somado 7.479 milhões de euros (menos 96 milhões de euros em cadeia e menos 0,4% em termos homólogos).
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