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Bankinter espera "outro ano excecional" em Portugal em 2024

O Bankinter disse hoje que espera "outro ano excecional" em Portugal em 2024, depois de ter mais do que duplicado os resultados ilíquidos no mercado nacional em 2023.

Bankinter espera "outro ano excecional" em Portugal em 2024
Notícias ao Minuto

12:41 - 25/01/24 por Lusa

Economia Banca

"Esperamos outro ano excecional em Portugal", disse o diretor financeiro do Grupo Bankinter, Jacobo Díaz, em resposta a perguntas de jornalistas portugueses numa conferência de imprensa em Madrid para apresentar os resultados do banco no ano passado.

Jacobo Díaz realçou que a "tónica habitual" do Bankinter em Portugal, onde está desde 2016, é de um desempenho sempre "muito acima das expectativas" e o banco não tem qualquer preocupação em relação à situação económica portuguesa ou à atividade financeira no país em 2024.

Em relação aos créditos à habitação, acrescentou que não há qualquer expectativa de aumentos na morosidade (atrasos ou incumprimentos nos pagamentos das prestações dos empréstimos), que tem uma taxa baixa em Portugal, e assegurou que número de pedidos para amortizações antecipadas "é muito baixo".

Jacobo Díaz justificou dizendo que a carteira de hipotecas do Bankinter em Portugal "é muito mais jovem do que a espanhola" e os empréstimos novos, feitos nos últimos anos, têm maioritariamente juros fixos, pelo que "não há nenhuma predisposição para amortizações antecipadas".

A presidente executiva (CEO) do Bankinter, María Dolores Dancausa, por seu turno, garantiu que o grupo não pretende expandir-se em Portugal através de novas aquisições, depois da compra recente da participação da Sonae na Universo, que passou a ser detida em partes iguais pelo grupo da Maia e pelo Bankinter Consumer Finance.

O grupo bancário espanhol Bankinter teve lucros de 844,8 milhões de euros no ano passado, um aumento de 50,8% em relação a 2022 e um recorde na sua história, anunciou hoje o banco, que atribuiu os resultados ao aumento das taxas de juro e "a uma maior dinâmica comercial".

Jacobo Díaz e María Dolores Dancausa disseram que a expectativa para 2024 é que os resultados globais do Bankinter continuem também a melhorar.

Em Portugal, o resultado antes do pagamento dos impostos foi de 166 milhões de euros em 2023, mais do dobro (mais 114%) do que em 2022.

Num contexto de aumento das taxas de juro, o Bankinter fechou 2023, em Portugal, com uma carteira de crédito 9.200 milhões de euros, mais 16% do que um ano antes, sendo que 6.100 milhões correspondem a empréstimos a particulares.

O rácio de mora (atrasos e incumprimentos no pagamentos das prestações dos empréstimos) foi 1,3%.

Globalmente, a carteira de crédito do Grupo Bankinter, em todos os mercados, cresceu 3,6% e superou os 76.885 milhões de euros em 2023, com um rácio de morosidade de 2,1%, semelhante ao do de 2022.

No entanto, as novas hipotecas (crédito para compra e habitação) em 2023 ascenderam a 5.800 milhões de euros no conjunto do grupo, menos 14% do que em 2022. Segundo o banco, 2022 "foi um ano muito positivo" e esta descida de 2023 "está em linha com a quebra da atividade no mercado imobiliário".

O banco realçou, no comunicado divulgado hoje, que os lucros no ano passado foram recordes apesar do imposto extraordinário sobre a banca adotado em Espanha, que no caso do Bankinter se traduziu em 77 milhões de euros.

Quando o imposto foi anunciado, o Governo espanhol considerou que estavam em causa ganhos extraordinários associados à inflação e à subida das taxas de juro, defendendo que tinha de haver justiça social na partilha dos custos da crise gerada pela pandemia e pela guerra na Ucrânia.

María Dolores Dancausa reiterou hoje que considera injusto este imposto sobre os bancos, que concorrem em mercados com outras entidades financeiras que não têm esta carga acrescida.

A CEO do Bankinter, que vai ser substituída no cargo em março por Gloria Ortiz, acrescentou que a banca já paga mais impostos do que outras empresas e que durante o período de juros negativos não houve descida da carga fiscal.

Num momento em que o governo espanhol pondera prolongar o imposto, María Dolores Dancausa considerou que está também em causa uma questão de "credibilidade" e de "segurança jurídica" para eventuais investidores.

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