Presidente argentino quer novo imposto para pagar indemnização d processo

O presidente argentino, Javier Milei, quer criar um imposto para pagar uma indemnização de 16 mil milhões de dólares (mais de 14 mil milhões de euros) decidida por um tribunal norte-americano no âmbito da expropriação da petrolífera YPF.

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© Tomas Cuesta/Getty Images

Lusa
27/12/2023 18:08 ‧ 27/12/2023 por Lusa

Economia

Javier Milei

O novo Governo argentino, no poder desde 10 de dezembro, tinha solicitado uma prorrogação dos prazos à juíza Loretta Preska de um tribunal federal de Nova Iorque.

Porém, o tribunal norte-americano negou o prolongamento para que o governo argentino deposite até 10 de janeiro uma garantia dos 16 mil milhões de dólares, bem como para a apresentação do recurso até 30 de janeiro.

Assim, Milei anunciou terça-feira à noite, em entrevista ao canal LN+, que criará um imposto com o nome do governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, que enquanto ministro da Economia do Governo de Cristina Kirchner (2007-2015) foi o impulsionador da expropriação da YPF.

"Há um problema, porque não temos o dinheiro. Não temos 16 mil milhões de dólares para pagar. Sim temos a vontade de pagar", afirmou Milei, precisando que uma das ideias em cima da mesa é um novo imposto, através do qual "todos os argentinos tenham que pagar uma certa quantia de dólares todos os anos graças ao erro monstruoso que Kicillof cometeu".

Em 2012, a Argentina comprou 51% das ações da YPF à empresa espanhola Repsol sem fazer uma oferta pública de aquisição (OPA) aos restantes acionistas, que alegaram ter sido prejudicados.

O fundo Burford Capital, dono dos ativos do Grupo Petersen, considerou que o governo argentino lhe devia 16 mil milhões de dólares, mas as autoridades estimaram que a compensação deveria ser de 5 mil milhões de dólares (cerca de 4,5 mil milhões de euros).

O processo de nacionalização da YPF começou em 2015, após a falência do Grupo Petersen, que passou a ser propriedade da YPF.

Entretanto, cerca de 8 mil pessoas de sindicatos e organizações sociais concentraram-se hoje, frente ao Supremo Tribunal de Justiça da Argentina, em Buenos Aires, para apoiar a Confederação Geral do Trabalho (CGT) na apresentação de um recurso de inconstitucionalidade contra o decreto de necessidade urgente de Javier Milei para reestruturar a economia.

A iniciativa da maior e mais influente central sindical da Argentina junta-se a uma dezena de ações judiciais já apresentadas contra o decreto, com mais de 300 reformas legislativas de leis e através do qual Milei pretende projetar a desregulamentação da economia do país

Leia Também: Novo presidente da Argentina recusa renovar contrato a 5 mil funcionários

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