Na nota, hoje divulgada pela CT, a organização disse que "se opõe às alterações do IOS - Regulamento das Obras Sociais, impostas, unilateralmente, pela administração e contrariando a obrigatoriedade de um acordo comum das partes envolvidas nas negociações", ou seja, sindicatos e comissão de trabalhadores, "para validar qualquer modificação daquele normativo".
Segundo a entidade, as obras sociais dos CTT "destinam-se a apoiar na doença, na velhice e na desventura, todos os trabalhadores efetivos, os seus familiares e os aposentados, mediante o pagamento de uma quota mensal e de um complemento nas comparticipações dos atos médicos e de enfermagem".
A CT considera "subvertidos os fundamentos e os valores que deram a forma" e o "conteúdo ao espírito de uma instituição cuja solidariedade geracional nunca esteve em causa e é uma obrigação, dos CTT, preservar e melhorar".
"A vingarem os propósitos dos CTT, todos os mais de 35.000 beneficiário verão, substancialmente, diminuídos os parcos rendimentos do trabalho, dos abonos e das pensões, de consequências nefastas na vida familiar", destacou, assegurando que "à violação dos direitos consignados no Regulamento das Obras Sociais dos CTT", nada mais resta à Comissão de Trabalhadores, do que "recorrer aos meios legais disponíveis, para impedir que os objetivos da administração dos CTT, sejam alcançados".
O Sindicato Independente dos Correios, Telecomunicações, Transportes e Expresso de Portugal convocou uma greve geral parcial nos CTT, até 22 de dezembro, também devido à "decisão unilateral" da administração em denunciar o Regulamento de Obras Sociais.
Samuel Vieira, presidente do sindicato, disse que esta greve, parcial, irá incidir a horas diferentes nos diversos serviços. O sindicato tem 300 associados.
A paralisação surge na sequência da "decisão unilateral" da administração da empresa em denunciar o Regulamento de Obras Sociais, através do aumento da sua quota mensal e das comparticipações nos atos médicos realizados pelos beneficiários do plano de saúde, esclareceu Samuel Vieira, em declarações à Lusa, na quarta-feira.
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