Em comunicado, aquela instituição norte-americana avançou que Cabo Verde foi escolhido, juntamente com a Tanzânia e as Filipinas, na reunião trimestral do conselho de administração realizada na quarta-feira.
A mesma fonte referiu que o arquipélago foi elegível para desenvolver um compacto para fins de integração económica regional na África Ocidental, salientando que é um "reconhecimento do compromisso claro" do país com a governação democrática e os seus significativos desafios de desenvolvimento e redução da pobreza.
"Com esta nova parceria, o MCC apoiará Cabo Verde na geração de crescimento económico através de uma integração mais profunda com a região da África Ocidental", acrescentou.
Numa nota na sua página do Facebook, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse que o novo pacote vai ser de cinco anos, e manifestou o compromisso do país com o desenvolvimento.
Em 2005, o MCC, através do Millennium Challenge Account (MCA), com sede na cidade da Praia, concedeu o primeiro pacote de ajuda a Cabo Verde, de 84,6 milhões de euros, que vigorou até 2010, destinando-se a infraestruturar o país.
Dois anos depois, forneceu um segundo compacto financeiro, no valor de 50,9 milhões de euros e que vigorou até 2017, para melhorar a gestão dos recursos hídricos e do saneamento, bem como dos serviços de gestão da propriedade.
Na sua comunicação de hoje, o MCC anunciou que selecionou ainda a Tanzânia e as Filipinas para desenvolverem programas similares, com subvenções menores, para apoiar reformas políticas e institucionais.
"Esperamos continuar a desenvolver as parcerias anteriores e trabalhar de mãos dadas com cada país para promover a prosperidade do seu povo", disse a diretora executiva do MCC, Alice Albright, citada numa nota de imprensa da instituição.
"A seleção de Cabo Verde, das Filipinas e da Tanzânia pelo conselho promove a missão do MCC de estabelecer parcerias fortes com países que demonstraram um compromisso com a governação democrática, investindo no seu povo e na liberdade económica", sublinhou a diretora da instituição, que avaliou programas em outros países africanos.
O Millennium Challenge Corporation é uma agência governamental independente dos EUA que trabalha para reduzir a pobreza global através do crescimento económico.
Criado em 2004, fornece subsídios e assistência por tempo limitado a países que cumprem padrões rigorosos de boa governação, de combate à corrupção e de respeito pelos direitos democráticos.
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