O ainda presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) falava num encontro com jornalistas, em Lisboa, onde fez um balanço do seu mandato de seis anos.
Também hoje o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, Sandra Maximiano como sua sucessora.
João Cadete de Matos reiterou que a concorrência é "a melhor solução para a economia" e disse que com a entrada do operador Digi, que tem uma licença 5G, o mercado vai apresentar mais ofertas, o que terá impacto nas fidelizações.
"Tenho a certeza de que isso vai acontecer", prosseguiu.
A Digi vai ter uma rede de antenas em todo o país (para o móvel) e que vai ter uma "instalação significativa" de fibra ótica, disse João Cadete de Matos, recordando o impacto que esta teve no setor em Espanha, nomeadamente na prática de preços de telecomunicações.
Apesar de não haver acordos de 'roaming' nacional, Cadete de Matos salientou o acordo assinado entre a NOS e a Vodafone Portugal, que está muito próximo desse conceito.
"Com este acordo [de partilha] os dois operadores estão a ser capazes de melhorar a cobertura", enquanto a Meo, da Altice Portugal, não fez qualquer acordo e "ficou para trás".
Ou seja, "em termos globais, [a Meo] não tem investido ao mesmo ritmo" que as concorrentes.
Instado a comentar as declarações da sua sucessora na audição parlamentar da semana passada, escusou-se a fazer comentários, referindo que não se pronuncia nem sobre os antecessores como sucessores.
Leia Também: "Sinto muita satisfação em ter estado nestas funções"