O gabinete estatístico da União Europeia (UE) assinalou ainda, em Portugal, um desequilíbrio na posição de investimento internacional líquida (-83,6%), no documento estatístico que apoia a decisão sobre desequilíbrios macroeconómicos, hoje divulgado no âmbito do Semestre Europeu 2024.
O limite da dívida pública é de 60% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a do setor privado por subir até 133% do PIB, segundo o Eurostat.
Os custos unitários do trabalho, por seu lado, têm como limite de aumento 9% entre os países da zona euro e o limite da posição de investimento internacional líquida é de -35% do PIB.
A Comissão Europeia anunciou hoje que "serão preparadas análises aprofundadas para os 11 Estados-Membros que foram identificados como registando desequilíbrios em 2023", incluindo Portugal.
O Semestre Europeu, instituído em 2011, consiste num ciclo anual de coordenação das políticas económicas da União Europeia (UE) que visa proceder ao alinhamento das políticas orçamentais e económicas dos diferentes Estados-membros com as regras e objetivos fixados a nível da UE, com o intuito de garantir a sustentabilidade das finanças públicas, prevenir desequilíbrios macroeconómicos excessivos, fomentar o crescimento económico e assegurar a convergência e a estabilidade na UE.
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