"Desde que o IVA zero entrou em vigor, a 18 de abril, o cabaz alimentar nunca tinha estado tão caro. A 15 de novembro, a cesta com 41 alimentos com zero por cento de IVA voltou a subir, ultrapassando, pela primeira vez, os 140 euros", adianta a organização de defesa do consumidor.
Ao que indica a DECO Proteste, a 15 de novembro, os 41 alimentos com IVA zero monitorizados pela DECO Proteste custavam já 140,07 euros.
"Este é o preço mais elevado desde que a medida entrou em vigor, a 18 de abril. Um dia antes de a isenção do imposto ser implementada, o mesmo cabaz alimentar custava 138,77 euros, menos 1,30 euros em comparação com o preço desta semana", pode ler-se.
Ao que indica a organização, "quando entrou em vigor, em abril, a isenção do imposto permitiu alguma poupança, com o preço do cabaz alimentar a descer para 127,81 euros a 17 de maio, data em que se assinalou o primeiro mês da medida".
"Contudo, nas semanas mais recentes, o impacto do IVA a zero por cento tem vindo a diminuir. Os preços de alguns produtos estão, inclusive, mais de 50% acima dos valores que registavam antes de lhes ter sido retirado o imposto", é ainda referido.
Que produtos mais subiram?
Ao que indica a DECO Proteste, os brócolos foram o alimento cujo preço mais subiu desde que a isenção de IVA entrou em vigor. A 15 de novembro, um quilo deste hortícola custava já 3,78 euros, mais 1,37 cêntimos (mais 57%) do que a 17 de abril.
"Já na laranja, a subida foi de 72 cêntimos por quilo (mais 52%). A 15 de novembro, um quilo de laranja custava 2,09 euros. No azeite virgem extra, o aumento foi de 33%. A 15 de novembro, uma garrafa de 75 centilitros custava já 10,01 euros, mais 2,49 euros do que na véspera da entrada em vigor do IVA zero", pode ainda ler-se.
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